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Polícia recua sobre indiciamento de filha suspeita de matar família 

Pedido chegou a ser cogitado, mas não foi realizado. Ana Flávia Gonçalves e sua mulher tiveram prisão temporária decretada

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Pai, mãe e irmão da suspeita tiveram os corpos carbonizados
Pai, mãe e irmão da suspeita tiveram os corpos carbonizados Pai, mãe e irmão da suspeita tiveram os corpos carbonizados

A polícia desistiu de pedir o indiciamento por triplo homicídio qualificado da jovem presa sob suspeita de matar a mãe, o pai e o irmão no ABC Paulista, de acordo com informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). O pedido chegou a ser cogitado, mas não foi realizado. 

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Ana Flávia Gonçalves, de 24 anos, filha do casal, e sua mulher, Carina Ramos, de 31, estão presas sob suspeita de participação no assassinato. Elas passaram a tarde e a noite de sexta prestando depoimento pela segunda vez. A polícia afirma que elas mudaram a versão dos fatos, mas não dá mais detalhes. Apenas informa que continuam negando envolvimento no crime.

As duas suspeitas deixaram a delegacia escondendo o rosto por volta da meia-noite. Saíram em carros separados e voltaram para o local onde cumprem prisão temporária de 30 dias.

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A polícia descobriu que Ana Flávia trocou o chip do celular dias antes do acontecimento. A investigação aomda tenta esclarecer com quem conversaram e quais mensagens trocaram antes do crime.

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Nesta sexta, a polícia fez uma nova perícia na casa da família em busca novas provas e de vestígios de envolvimento de outras pessoas nas morte. Pelo menos um suspeito já foi identificado.

Investigadores analisam também imagens de câmeras de monitoramento do condomínio onde as vítimas moravam para saber quem é a pessoa que aguarda na entrada, com dois capacetes,no horario em que os carros de Ana Flávia e o dos pais dela deixam o local.

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O caso

Três corpos carbonizados foram encontrados dentro de um Jeep Compass em uma área de mata na Estrada do Montanhão, área de mata em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, na madrugada de terça-feira (28). Quando as equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros chegaram ao local, o veículo ainda estava pegando fogo.

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Os corpos eram do casal Flaviana Gonçalves, de 40 anos, e Romuyuki Gonçalves, de 43 anos, e seu filho mais novo, Juan Gonçalves de 15.

A filha mais velha do casal, Ana Flávia Gonçalves, de 24 anos, e a mulher dela, Carina Ramos, de 31, tiveram prisão temporária de 30 dias decretada na noite de quarta-feira (29). A polícia justificou o pedido de prisão alegando contradições no depoimento do casal.

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De acordo com a polícia, as suspeitas mencionaram que a família tinha uma dívida com um agiota e que Flaviana teria saído de casa de madrugada para realizar o pagamento e depois seguiria para Minas Gerais. A presença do adolescente no carro, porém, fez a polícia desconfiar da versão. A Polícia Civil já tinha como uma das linhas de apuração uma possível briga familiar. Os pais, segundo os investigadores, não aceitavam o relacionamento da filha com outra mulher.

Investigação

Na primeira visita da polícia à casa onde a família morava, em um condomínio de Santo André, os agentes encontraram o imóvel revirado, além de marcas de sangue pelos cômodos. Os investigadores consideraram estranho a residência estar nestas condições, pois não havia sinais de arrombamento. Do local foram roubados eletrodomésticos, cerca de R$ 8 mil, dólares, joias e uma arma.

De acordo com a perícia, litros de água sanitária e manchas de sangue foram encontrados no quarto do adolescente. Também foram localizadas manchas de sangue em peças de roupa de Ana Flávia, a filha.

Um laudo preliminar da polícia apontou que, antes de terem seus corpos carbonizados, as três vítimas morreram com pauladas na cabeça. Como todos os golpes foram do lado direito, a suspeita é de que o autor seja canhoto. Uma testemunha que está sendo preservada contou aos policiais que ouviu barulhos estranhos vindos da casa onde as vítimas moravam, em Santo André.

Uma testemunha revelou que viu um homem de cerca de 1,90 m de altura, junto com as duas suspeitas, na noite do crime, carregando algo pesado para o carro. A investigação quer saber se seriam os corpos das vítimas, já mortas na casa.

Câmeras

As suspeitas sobre a filha ganharam força depois de as imagens da câmera de segurança mostrarem que ela e a mulher estavam na casa na noite do crime. Por diversas vezes, as duas foram flagradas manobrando os carros da família. O carro de Ana Flávia e Carina também é visto entrando e saindo do local várias vezes. Em depoimento à polícia, Carina, que chegou às 20h ao local, alegou ter entrado por volta das 22h. Câmeras mostram que ela usava um casaco com capuz, mesmo fazendo calor, o que também gerou desconfiança da polícia.

Quando o veículo da família deixa o condomínio, por volta de 1h, o carro de Carina e Ana Flávia sai na frente. Duas horas depois, os corpos de Flaviana, Romuyuki e Juan são encontrados.

Segundo a polícia, ao serem questionadas para onde seguiram após deixarem o condomínio, cada uma das suspeitas disse que se dirigiram a lugar diferente. A polícia vai pedir a quebra do sigilo telefônico das duas mulheres para analisar sua troca de mensagens.

Lucas Domingos, advogado do casal, nega qualquer tipo de participação das duas com o crime e diz que não ter certeza se há contradições em seus depoimentos.

A polícia investiga se Flaviana, a mãe, teria sido obrigada a dirigir seu próprio carro com os corpos do marido e do filho. Imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram o momento da saída do Jeep que, mais tarde, seria encontrado com os três mortos. Também está sendo apurada a hipótese de Flaviana ter sido rendida antes mesmo de chegar em casa e de seu corpo ter sido transportado no porta-malas junto com os outros dois.

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