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Prestadores de serviço do TJ-SP alegam estar sem salário há 5 meses

Empresa terceirizada fez contrato de suspensão e de redução de jornada. Parte do salário deveria ser paga pela empresa e parte pelo Governo Federal

São Paulo|Do R7

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Funcionários que prestam serviços ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) alegam que estão há cinco meses sem receber seus salários completos - obtendo apenas uma parte da remuneração. Eles trabalham para uma empresa terceirizada que fez contrato de suspensão e de redução de jornada.

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Pelo acordo, a empresa seria responsável por pagar 30% do salários e o restante seria pago por meio do benefício emergencial de preservação de emprego e renda.

Três homens, que não querem ser identificados, são funcionários desta empresa e afirmam que estão há meses sem receber o salário completo. "Nós estamos fazendo nosso papel, estamos vindo trabalhar. Só queremos que a firma faça o papel dela", afirma um deles. 


Os funcionários são auxiliares de serviços gerais e, em maio, tiveram seus contratos suspensos por dois meses. Dois desses homens afirmam ter recebido apenas a primeira parcela do benefício. 

Prédio do Tribunal de Justiça de São Paulo
Prédio do Tribunal de Justiça de São Paulo

Segundo os denunciantes, são mais de 150 funcionários na mesma situação. Eles dizem que a maioria só recebeu a primeira parcela do benefício, mas que muitos dos empregados não receberam nem uma parte desse dinheiro. 


O advogado Luiz Almeida, especialista em direito do trabalho, explica que qualquer problema que possa haver nesse tipo de contrato a responsabilidade pelo pagamento do salário é da empresa. 

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Em nota, a empresa disse que todos os contratos estão regularmente ativos e que a parte dos salários de responsabilidade deles foi paga. Já sobre as parcelas do benefício, afirmou que existem falhas na leitura dos sistemas do Governo Federal, e alega também que os funcionários que dizem não ter recebido o complemento de renda se inscreveram em outros programa de benefício social no mesmo período, o que é proibido por lei. 

O TJ-SP disse que com a pandemia e a consequente suspensão de atividades presenciais nos fóruns, a prestação de serviços foi suspensa, conforme previsão legal. E que, em alguns casos, os pedidos de auxílio emergencial foi negado pelo Governo Federal. 

A empresa terceirizada esclareceu ainda que entrou com recursos contra esses indeferimentos do auxílio e aguarda uma resposta. O Ministério da Economia informou que a empresa citada realizou dezenas de acordos, parte deles ainda vigentes, e afirmou que sem os dados dos funcionários é impossível fazer uma verificação específica. 

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