Saiba quais petiscos para cães foram recolhidos do mercado por suspeita de contaminação
Duas marcas foram relacionados à morte de nove cachorros, sendo sete em MG e dois em SP, mas ministério determinou que todos os produtos do fabricante
São Paulo|Do R7
A associação das mortes de ao menos nove cachorros com o consumo de petiscos produzidos pela Bassar Indústria e Comércio Ltda. resultou na interdição da fábrica e na determinação para o recolhimento de todos os produtos do fabricante.
Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), os petiscos com suspeita de contaminação são:
• Every Day sabor fígado (lote 3554)
• Dental Care (lote 3467)
Adicionalmente, a rede de lojas de artigos para animais de estimação Petz, que tem um produto de marca própria fabricado pela Bassar (Snack Cuidado Oral), informou por meio de suas redes sociais que o retirou "voluntariamente" das prateleiras assim que tomou conhecimento do caso.
Na sexta-feira (2), agentes do Mapa interditaram a fábrica da Bassar, em Guarulhos (SP), "até que sejam apresentadas todas as informações requeridas pela fiscalização".
A determinação do Mapa é que haja o "recolhimento nacional de todos os lotes de produtos da empresa", algo que a Bassar afirmou já estar providenciando.
"De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento", diz a Bassar.
Em seu site, a fabricante lista também os seguintes produtos no porfólio:
• Mini Naturals
• Twistie
• Balance Control
Cabe ressaltar que todos eles têm variações de sabores.
O caso
As contaminações foram reveladas pela Record TV Minas na última sexta-feira (26). Ao menos nove cães morreram em Minas Gerais e São Paulo.
Outros oito passaram mal e sobreviveram. Todos os casos são acompanhados pela Polícia Civil, já que, segundo os tutores, os cães de pequeno porte teriam consumido petiscos da Bassar.
Segundo a Polícia Civil, também há relatos de cães que apresentaram sintomas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, no Paraná, em Santa Catarina, em Alagoas, em Sergipe e em Goiás.
Entre os problemas informados estão convulsões, diarreia, vômito e prostração. Um laudo inicial da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) apontou que alguns dos animais de Belo Horizonte tiveram comprometimento renal.
Um laudo da Polícia Civil, divulgado na sexta-feira, indicou a presença de monoetilenoglicol em um dos produtos.
A substância é um anticongelante tradicionalmente usado em algumas fábricas no processo de resfriamento.
O produto é tóxico para a saúde e pode levar à morte. Ele é um dos dois elementos que também contaminaram cervejas da marca mineira Backer, em 2020, causando ao menos dez mortes.
"A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação. Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para afastarem a hipótese de algum tipo de contaminação", complementa a fabricante em nota.