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Sindicatos confirmam que greve no Metrô e CPTM acaba à meia-noite e criticam projetos do governo

Trabalhadores defenderam a ideia de que a pauta da greve contra privatizações é 'cristalina'

São Paulo|Do R7, com informações da Agência Record

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Trem em São Paulo
Trem em São Paulo

Sindicatos que representam os trabalhadores do Metrô e da CPTM que estão em greve nesta terça-feira (28) em São Paulo confirmaram que a paralisação vai até as 24h. Portanto, já na madrugada de quarta-feira (29) os trabalhos no transporte público serão retomados normalmente, assim como as atividades dos funcionários da Sabesp e dos professores estaduais e municipais. 

Às 16h desta terça-feira, o sistema operava parcialmente em São Paulo. Veja linha por linha. 


Em coletiva de imprensa realizada por representantes dos sindicatos, os trabalhadores defenderam a ideia de que a pauta da greve é "cristalina" e afirmaram que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tenta criminalizar o movimento dos sindicatos.

José Faggian, do Sintaema, que representa os funcionários da Sabesp, diz que houve piquetes em todas as cidades onde há subsedes do sindicato. Ele disse não ser possível mensurar a adesão, já que a empresa está presente em todos os 645 municípios paulistas.


Camila Lisboa, do Sindicato dos Metroviários, ressaltou que o pedido para a liberação de catracas não foi atendido pelo governo estadual. A ideia, segundo ela, seria que o Metrô funcionasse integralmente, caso a proposta fosse aceita.

Além disso, Camila comentou que há uma reflexão muito crítica diante das privatizações, principalmente por conta do funcionamento das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da ViaMobilidade e da Enel, devido ao recente "apagão" em São Paulo no último dia 3 de novembro.


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A presidente ainda reiterou que o governador precisa participar do debate e "ouvir a população" de São Paulo, uma vez que a maioria dos votantes de Tarcísio é do interior paulista.

Sobre a adesão à greve, a maioria dos funcionários aprovou a paralisação durante a manhã, com 92% de adesão, segundo a sindicalista. 

Richard Araújo, vice-diretor de políticas sociais da Apeoesp, que representa os professores estaduais, explicou que o sindicato aderiu à posição contrária à privatização não só para se juntar aos outros sindicatos, mas também por causa de uma emenda constitucional enviada à Alesp que reduz de 25% a 30% o orçamento mínimo obrigatório em educação.

Segundo ele, o impacto desse corte na educação reduz quase R$ 10 bilhões no orçamento da educação do estado de São Paulo. Richard afirma que é um descaso do governo com os interesses da juventude.

Questionado sobre a adesão, o vice-diretor também disse que não há como fazer um levantamento de quantas pessoas aderiram ao movimento, já que há cerca de 5.000 escolas da rede estadual espalhadas por todo o estado.

O que diz o governo?

A gestão Tarcísio de Freitas afirma que continuará estudando a possibilidade de privatizações na área de transporte em razão da política de modernizar e melhorar o serviço. Ressalta ainda que a proposta foi amplamente divulgada nas eleições.

Sobre a PEC (proposta de emenda à Constituição) enviada à Assembleia Legislativa visando à redução da verba obrigatória para educação, o governo afirma que o texto prevê apenas a possibilidade de flexibilizar uma parte das despesas em razão da necessidade crescente na área da saúde. Assim, em vez dos 30% obrigatórios para educação, seriam 25%, e os outros 5% podendo ser investidos em educação ou saúde.

Sobre a demissão de funcionários pelo Metrô após a greve, outra crítica dos sindicatos, o governo afirma que os trabalhadores agiram em defesa de interesses privados, descumprindo a legislação e realizando a paralisação sem aviso prévio, o que prejudicou a população.

Na última sexta-feira (24), o governador criticou a realização da paralisação. "Será que é razoável que a gente tenha uma greve todo mês?", questionou Tarcísio, que chamou a decisão do sindicato por cruzar os braços de "deboche".

Ele disse que o movimento busca atender a interesses privados e traz inúmeros prejuízos à população, afetando comércio, trabalhadores e estudantes, entre outros.

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