Suspeito de matar grávida diz que ela sumiu para 'chamar a atenção'

Matheus Alecrim, o principal suspeito do desaparecimento de Thainá Krishna Russo, afirmou que a namorada sumiu de propósito e com o objetivo de "chamar atenção", de acordo com a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa).

A vítima, de 27 anos, que não é vista desde o dia 29 de abril, estava grávida de apenas um mês e desapareceu após ter ido à casa do namorado para informá-lo de que não abortaria a criança, o que iria contra o desejo do suspeito. O homem já teria agredido a namorada uma vez.

O namorado de Thainá é, até o momento, o único suspeito do desaparecimento da jovem. Alecrim está preso temporariamente e diz que a namorada desapareceu porque a família não aceitaria a gravidez, fato refutado por todos os parentes, que afirmaram que Matheus é quem não aceitava a gestação de Thainá.

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Thainá é mãe de três filhos. A família da jovem relatou que Matheus tentava convencê-la a fazer um aborto, mas a mulher insistia em ter o bebê. O casal se conheceu na loja em que a jovem trabalhava.

Antes do desaparecimento, Thainá se despediu da mãe, que mora na zona leste de São Paulo, e disse que voltaria para a casa do namorado, na zona norte. Depois disso, não foi mais vista.

Investigação

A Polícia Civil realizou diligências e procurou por vestígios que levassem ao encontro de Thainá Krishná Russo, no dia 11 de maio. A mulher foi vista pela última vez em 29 de abril.

As buscas foram realizadas em uma área de mata em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo, e contaram com as equipes do DHPP e cães farejadores da Guarda Civil Municipal de Guarulhos.

O suspeito passou de carro pelo local onde foram feitas as buscas horas depois do desaparecimento da jovem.

A delegada Ivalda Aleixo afirmou que nenhuma possibilidade é descartada até o momento. Por esse motivo, um dos cães farejadores que participaram da ação é especializado em identificar eventuais cadáveres.

Também de acordo com Aleixo, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de Matheus, e a investigação notou que a casa estava muito limpa, com indícios de uso de cloro em alguns cômodos. Foi localizada uma gotícula de sangue, que será periciada.

Uma ex-namorada do suspeito prestou depoimento e relatou que o homem teria obrigado a mulher a tomar remédios abortivos. A informação ainda será analisada pela Polícia Civil.

Além disso, foi feito contato com a Uber, que afirmou que nenhuma viagem foi realizada em nome de Thaís no dia de seu desaparecimento. Matheus informou à família que ela havia saído em um carro de aplicativo.

Também foi solicitada a quebra de sigilo telefônico do aparelho celular do rapaz, e a prisão temporária de 30 dias do suspeito foi decretada. Novas perícias serão realizadas, e a investigação deverá voltar aos mesmos locais, porém com outro tipo de cão farejador.