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TJM absolve 3 e condena 2 em caso de suposta ligação de PMs com PCC

Maior processo da Justiça Militar julga envolvimento de 53 policiais do 22º Batalhão, na zona sul de São Paulo, com supostos traficantes do PCC

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7

Prédio onde era batalhão que PMs acusados atuavam foi fechado
Prédio onde era batalhão que PMs acusados atuavam foi fechado

O TJM-SP (Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo) iniciou o maior processo da Justiça Militar no Brasil, que deve julgar 53 policiais militares do 22º Batalhão apontados de terem ligação com supostos traficantes membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), na região onde atuavam — zona sul de São Paulo.

Entre segunda-feira (17) e esta terça-feira (25), cinco policiais militares foram aos bancos dos réus. Os soldados Felipe Marinho Rici Novais e Herwenton Araújo de Oliveira e o cabo Flávio Alves Nunes foram absolvidos.

Já o soldado Luan Carlos de Almeida foi condenado a oito anos e 11 meses de prisão, e o soldado João Vitor Martins Tangerino teve a pena de nove anos e quatro meses de prisão.

Agora, os três policiais militares absolvidos voltam às ruas, e os dois condenados seguem presos juntamente com os outros 48 PMs que estão detidos preventivamente no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital, aguardando julgamento.


Os 53 policiais militares foram presos preventivamente em dezembro do ano passado, após operação da Corregedoria da Polícia Militar juntamente com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo).

Conforme a denúncia do MP-SP, feita dois meses depois da prisão, “os agentes de segurança passaram a integrar o PCC, praticando diversos ilícitos, como concussão, corrupção passiva, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional, além do crime de associação ao tráfico de drogas”.


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O cronograma do TJM-SP prevê o julgamento do cabo Edson Luiz Santana Machado Filho na próxima quinta-feira (27) e, na sexta-feira (28), do 2º sargento Wagner Ferreira de Barros e do soldado Denis Martins Iachelli.


Depois, deve acontecer uma pausa e a previsão é que os julgamentos sejam retomados em 16 de julho, com os soldados Matheus Moreira Pires e Lucas Moreira Pires indo para o banco dos réus.

Segundo a assessoria de imprensa do TJM-SP, este é "o maior processo-crime militar no Brasil, envolvendo 53 réus presos e 145 volumes de autos, com 18 advogados".

No processo, os PMs negam ligação com a facção criminosa.

Veja, abaixo, quem são os 53 policiais militares acusados pelo Ministério Público e que devem ser julgados por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital:

Policiais militares denunciados por ligação com PCC
Policiais militares denunciados por ligação com PCC

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