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Três motoristas de ônibus morrem com covid-19 em SP, diz Sindicato

Outros 12 óbitos são suspeitos, mas resultados ainda não saíram. Entre a categoria, há 27 casos confirmados da doença e 175 suspeitas de coronavírus

São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7

Três motoristas de ônibus da capital morreram por covid-19, diz Sindmotoristas
Três motoristas de ônibus da capital morreram por covid-19, diz Sindmotoristas

Um levantamento feito pelo Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbando de São Paulo) indica que 175 funcionários de empresas de ônibus da capital paulista estão com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus, sendo que 27 casos já foram confirmados e 15 pessoas morreram. Dos óbitos, três foram por covid-19 e outros 12 aguardam o resultado dos exames.

A pesquisa feita em todas as garagens de ônibus da cidade aponta que a região sul de São Paulo registra o maior número de casos suspeitos: 109. Destes, 69 apenas na Viação Grajaú (Cidade Dutra). A região oeste tem 44, norte com 10, seguida pela sudeste com nove e a leste com três casos em investigação.

Com relação ao número de óbitos por suspeita de covid-19, segundo o Sindmotoristas, nove eram funcionários de garagens da região oeste, quatro da leste, um da sul e um da região sudeste.

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O levantamento traz dados ainda dos casos confirmados da doença. Novamente a região oeste lidera a lista, com 10 ocorrências de infecção do novo coronavírus. É seguida pela zona leste com nove, são seis na região sul e dois na norte. 

Levantamento foi feito pelo Sindmotoristas em todas garagens de ônibus de SP
Levantamento foi feito pelo Sindmotoristas em todas garagens de ônibus de SP

O secretário de Saúde do Sindmotoristas, Valdemir do Santos, afirmou que acompanha o estado de saúde dos profissionais. “A partir dos dados, conseguimos identificar quais são as garagens e regiões com maior incidência. Assim, podemos cobrar pontualmente mais ações protetivas das empresas”.


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Segundo o presidente do Sindmotoristas, Valdevan Noventa, a entidade tem cobrado a Prefeitura de São Paulo e empresários de ônibus para que sejam intensificadas medidas preventivas no transporte público. “Neste momento de calamidade pública, em que todos lutam por um mesmo objetivo (a vida), não permitiremos que as necessidades mais urgentes da categoria sejam negligenciadas. É responsabilidade das empresas garantirem o fornecimento de EPIs como máscaras, luvas e álcool em gel para os trabalhadores”, cobrou.


Manutenção dos empregos

Em acordo firmado com o setor patronal e a prefeitura, foram mantidos os postos de trabalho no transporte urbano na capital paulista apesar da redução da frota em circulação. O compromisso é de que não haja demissão, além da manutenção de salários e benefícios. 

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O outro lado

Em nota, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e a SPTrans informaram que adotam uma série de medidas para evitar a propagação do novo coronavírus. Uma delas foi recomendar o uso de máscara para quem precisa se deslocar pela cidade e orientar motoristas, cobradores e demais funcionários a reforçar a lavagem de mãos a cada viagem realizada.

Segundo a SPTrans, as empresas estão autorizadas a usar cortinas em formato de "L" nos postos dos motoristas para evitar o contágio. Para impedir aglomerações, há sinalização nas plataformas dos terminais de ônibus com a distância de um metro entre os usuários que aguardam o embarque.

O SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) foi procurado pela reportagem, mas não respondeu aos questionamentos.

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