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1 a cada 5 fumantes não sabe que vício dá câncer de pulmão, diz OMS

Órgão pretende reduzir o tabagismo em 25% até 2025, mas especialistas alegam que o mundo não está em bom caminho para essa meta

Saúde|Da EFE

3,3 milhões de pessoas morrem anualmente por conta de cigarro
3,3 milhões de pessoas morrem anualmente por conta de cigarro

Um em cada cinco fumantes no mundo não sabe que o hábito pode causar câncer de pulmão, um fato determinante para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) criasse o Dia Mundial Sem Tabaco em 1987, que será celebrado na sexta-feira (31), para lembrar dos riscos que fumar representa para a saúde humana.

Para este ano, a OMS escolheu como lema a frase "Não deixe que o tabaco tire sua respiração". Segundo o diretor do Departamento de Prevenção de Doenças Não Infecciosas da OMS, Vinayak Prasad, cerca de 3,3 milhões dos 8 milhões de mortos anualmente por conta do tabagismo são vítimas de problemas ligados ao sistema pulmonar.

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"Além do desconhecimento dos riscos de câncer de pulmão, nos países em desenvolvimento 50% das pessoas não associam fumar aos infartos", advertiu Kerstin Schotte, especialista do mesmo setor.


"Quase 20% (da população adulta) do mundo fuma, e aqueles que deixam de fazer isso, podem ver em apenas duas semanas os efeitos benéficos para os pulmões, que podem recuperar o funcionamento normal", acrescentou Prasad.

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A especialista explicou que, em 2017, 1,5 milhão de fumantes ou pessoas expostas à fumaça do tabaco morreram de doenças respiratórias crônicas, 1,2 milhão por câncer traqueal, bronquial ou pulmonar. Além disso, 600 mil foram vítimas de tuberculose e infecções do sistema respiratório.

Além disso, 60 mil menores de cinco anos morrem de infecções das vias respiratórias causadas pela fumaça alheia e os que chegam à idade adulta, têm mais probabilidades de sofrer mais adiante com doenças pulmonares obstrutivas crônicas.


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Neste ano, a OMS renova o pedido para que os países reforcem a luta contra o tabagismo mediante a aplicação plena do convênio adotado em 2003 para seu controle. Além disso, pede que as nações tomem medidas, como o aumento dos impostos ao tabaco, que demonstrou ser uma boa via para reduzir a demanda.

Prasad afirmou que cerca de 80% dos 1,1 bilhão de fumantes no mundo vivem em países de renda média ou baixa, onde o impacto do tabaco na saúde pública é maior.

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"A indústria tabagista tenta chegar agora lá, sabem que o hábito de fumar é uma causa perdida nos países desenvolvidos, portanto apontam para países com baixas e médias rendas, com o foco especialmente nas mulheres e crianças", afirmou Schotte.

A médica também ressaltou que foi possível reduzir o número relativo de fumantes no mundo - de 27% em 2000 para 20% em 2016 - mas esclareceu que devido ao aumento da população global, o número absoluto de consumidores de tabaco se mantém similar ao de 20 anos atrás, superando 1 bilhão.

A OMS fixou como meta reduzir a porcentagem do uso do tabaco em 25% para 2025 embora, segundo o especialista, "não estamos no bom caminho para cumpri-la", já que apesar de ter reduzido a prevalência em países desenvolvidos, esta se estagnou ou inclusive subiu em países pobres.

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