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Bebeu cerveja da Backer recentemente? Saiba o que fazer

Água usada na fabricação das bebidas tinha substância apontada como causadora de síndrome nefroneural que matou até agora 4 pessoas em MG

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Pessoas que beberam Belorizontina passaram mal
Pessoas que beberam Belorizontina passaram mal Pessoas que beberam Belorizontina passaram mal

A dimensão da contaminação por etilenoglicol nas cervejas produzidas pela Backer, em Minas Gerais, ainda é desconhecida. No entanto, a suspeita é que desde meados de outubro, diversos lotes de cervejas tóxicas tenham saído da fábrica em Belo Horizonte.

As bebidas tiveram com destino o próprio estado e também o Distrito Federal, São Paulo e Espírito Santo. 

A substância que deveria ser utilizada apenas nas serpentinas de resfriamento dos tanques foi parar, de alguma forma, na água usada na fabricação da cerveja.

O Ministério da Agricultura determinou o recolhimento de todos os rótulos da fabricante. Mas e quem bebeu cerveja da Backer recentemente e não apresentou sintomas deve se preocupar?

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O médico toxicologista Anthony Wong, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ressalta que pessoas de mais idade — três dos quatro mortos tinham mais de 55 anos — estão mais vulneráveis às complicações renais causadas pelo etilenoglicol.

"Essas pessoas que morreram, do ponto de vista médico, tinham algum comprometimento [da saúde] antes do evento [intoxicação]. E aí, com a cristalização [do etileno glicol no corpo], o organismo perdeu a capacidade de reagir."

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Pessoas jovens e sem problemas de saúde que tenham consumido a cerveja e não apresentaram problemas podem ter algum dano renal, acrescenta o médico. 

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"O corpo humano consegue fazer compensações em que a pessoa aparentar estar saudável mesmo com comprometimento. Quando ultrapassa a capacidade de compensar é que você tem os sintomas."

Exames de sangue e de urina são capazes de detectar eventuais prejuízos causados pelo consumo da cerveja contaminada, afirma o toxicologista.

"Essas pessoas podem apresentar alterações renais. Por isso, seria prudente um exame de função renal — creatinina e ureia — e outros exames de urina, para ver se tem cristais de oxalato ou outras coisas que podem indicar a contaminação."

Wong ressalta, no entanto, que apresentar alterações renais não necessariamente vai significar que elas tenham ocorrido exclusivamente por causa da cerveja. Ele acrescenta que isso pode ocorrer devido ao uso até mesmo de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.

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