Bom condicionamento físico reduz o risco de um tipo perigoso de arritmia e AVC
Pessoas que tinham desempenho alto em testes de esteira chegaram a ter um risco 12% menor de sofrer um derrame
Saúde|Do R7
Um estudo com mais de 15 mil pessoas, apresentado durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, nesta terça-feira (22), descobriu que o condicionamento físico está relacionado a uma menor probabilidade de desenvolver fibrilação atrial e acidente vascular cerebral.
A fibrilação atrial é o distúrbio de ritmo cardíaco (arritmia) mais comum e afeta mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo.
"Fibrilação atrial é ritmo atrial irregular e rápido. Os sintomas incluem palpitação e, às vezes, fraqueza, intolerância a esforço, dispneia e pré-síncope [sensação de desmaio]. Geralmente, pode haver formação de trombos atriais, acarretando risco significativo de acidente vascular encefálico por embolia [derrame cerebral]. O diagnóstico é realizado por ECG [eletrocardiograma]", explica o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento.
Foram incluídos 15.450 indivíduos sem histórico de fibrilação atrial. Esses participantes foram encaminhados a um teste de esteira, entre os anos de 2003 e 2012. A idade média deles era de 55 anos, e 59% eram homens.
Todos eles caminharam em esteira em estágios de três minutos cada um, com o aumento gradual da velocidade e da inclinação.
A aptidão física foi medida com base na taxa de gasto energético alcançada pelos participantes durante o teste, expressa em equivalentes metabólicos (METs).
Descobriu-se que cada aumento de 1 MET no teste em esteira — portanto, pessoas com maior preparo físico — estava associado a um risco 8% menor de fibrilação atrial, 12% menor de acidente vascular cerebral e 14% menor de eventos cardiovasculares adversos graves.
Os resultados também mostraram que a probabilidade de permanecer livre de fibrilação atrial ao longo de um período de cinco anos era maior nos grupos de maior aptidão física.
O autor do estudo, Shih-Hsien Sung, da Universidade Nacional Yang Ming Chiao Tung, em Taiwan, concluiu que "os resultados revelam que manter-se em forma pode ajudar a prevenir a fibrilação atrial e o acidente vascular cerebral”.
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