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Brasil pode chegar a mil mortes por dia, diz ministro da Saúde

Nelson Teich avalia que número é possível e descartou flexibilização do isolamento social, mesmo afirmando estar alinhado ao presidente Bolsonaro

Coronavírus|

Ministro da Saúde em coletiva no Palácio do Planalto
Ministro da Saúde em coletiva no Palácio do Planalto Ministro da Saúde em coletiva no Palácio do Planalto

O ministro da Saúde, Nelson Teich, admitiu nesta quinta-feira (30) que o Brasil pode vir a registrar cerca de 1 mil mortos por dia e mudou completamente o tom sobre os planos de flexibilizar o isolamento social defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. 

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“Em relação a um possível número de mortes, e hoje estamos em 435, o número de 1.000, se tivermos um crescimento significativo na pandemia, é possível acontecer. Não quer dizer que vai acontecer. A gente tem que acompanhar a cada dia para tomar as decisões”, afirmou sobre a estimativa de óbitos diários provocados pela doença.

Ele afirmou que o momento é impróprio, dado o avanço crescente de mortes e contaminações em todo o País. “Ninguém está pensando em relaxamento. Ninguém está pensando em relaxar o isolamento. Neste momento, ninguém está pensando em flexibilizar nada. Temos uma diretriz pronta, um ponto de partida, mas não dá para você começar uma liberação (social) quando você tem uma curva em franca ascendência”, afirmou o ministro durante coletiva no Palácio do Planalto.

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Teich disse ainda que, neste momento, o foco é apoiar a infraestrutura de Estados e municípios que estão em situação de emergência. “As diretrizes estão feitas, tem que ver como a gente vai veicular. Ninguém vai chegar aqui com uma coisa milagrosa. O mundo inteiro está tomando iniciativas de flexibilização. O distanciamento social permanece como a orientação. Vamos avaliar cada Estado e município”, disse o ministro.

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Ele afirmou ainda que apesar de haver muitos municípios com poucos casos confirmados, cerca de 15% dos municípios mais sensíveis pode concentrar a maioria da população. “Se a gente não parar para entender e ficar polarizando se é bom ou ruim, não vai levar a nada. Temos que analisar isso de forma tranquila e equilibrada”, disse.

Quando chegou ao ministério, Teich disse também que estava 100% alinhado ao discurso de Bolsonaro e que o País precisava tratar de medidas de flexibilização onde fosse possível. A realidade, porém, é que o crescimento rápido do vírus em todo o País tem feito com que o Ministério da Saúde tenha de priorizar a agenda de socorro a locais que passam por todo tipo de dificuldade, como as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Manaus e Fortaleza.

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