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Peru registra primeiro caso de pólio em 32 anos; paciente é um bebê indígena

Ministério da Saúde afirmou que não se trata do vírus selvagem, mas de um tipo derivado de vacina, que pode infectar pessoas em áreas com baixa cobertura vacinal

Saúde|Do R7

Vacinação contra a pólio tem baixa cobertura em países das Américas
Vacinação contra a pólio tem baixa cobertura em países das Américas Vacinação contra a pólio tem baixa cobertura em países das Américas

O Peru registrou o primeiro caso de poliomielite aguda em 32 anos, informou na quarta-feira (22), o Ministério da Saúde local. A vítima é um bebê indígena de um ano que vive em uma comunidade na região de Loreto, no norte do país.

O bebê apresentou febre e fraqueza nas pernas, motivo pelo qual suspeitou-se de paralisia flácida aguda, quadro que sugeria infecção pelo poliovírus.

Uma amostra de fezes do paciente foi analisada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Brasil, e o resultado mostrou que se tratava de um vírus derivado da vacina oral contra a poliomielite. A cepa selvagem do patógeno continua erradicada no país.

"Os poliovírus derivados de vacinas ambíguas (cVDPV) são vírus derivados de vacinas que foram isolados de pessoas sem imunodeficiência conhecida ou isolados de esgoto cuja fonte de origem ainda é desconhecida", diz o ministério em nota.

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A vacina oral da pólio não oferece risco a quem a recebe, mas em locais com saneamento básico precário, por exemplo, o vírus eliminado nas fezes das crianças pode contaminar outras que não estejam imunizadas.

Em comunidades pouco vacinadas, este vírus pode se espalhar e sofrer mutação de volta para uma versão prejudicial.

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Por esta razão, a OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um comunicado em que pede a governos que tenham ações para elevar a cobertura vacinal contra a pólio para o patamar mínimo de 95%.

O Ministério da Saúde peruano chama atenção para as taxas de cobertura vacinal no departamento de Loreto nos últimos dois anos: 68,5% (2021) e 73,6% (2022).

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O governo reforçou o pedido a pais, sobretudo em comunidades indígenas, para que permitam que as equipes de vacinação entrem e vacinem as crianças.

No ano passado, a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) já havia feito um alerta de alto risco na reintrodução da poliomielite no Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru, devido ao baixo percentual de bebês e crianças imunizados.

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