'Só comemoro produto recebido', diz Mandetta sobre insumos médicos
Ministro da Saúde afirmou que o governo federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, está preparado buscar EPIs comprados do exterior
Saúde|Giuliana Saringer, do R7
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta quinta-feira (2) que a pandemia de novo coronavírus mudou o mercado de EPIs (equipamentos de proteção individual) e que só considera uma negociação bem-sucedida quando os produtos chegam ao Brasil.
"[Existe uma diferença entre] contrato assinado e o produto recebido. Eu só comemoro o produto recebido", disse Mandetta. O chefe da Saúde ressaltou que, se houver necessidade, o ministério da Infraestrutura está preparado para buscar os produtos comprados no exterior.
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Mandetta disse que contratos foram cancelados, tanto de compra de EPIs como de respiradores. O ministro afirmou que a pasta comprou R$ 1,2 bilhão em respiradores, item hospitalar essencial para o tratamento de pacientes graves da covid-19, e que o fornecedor tem até 30 dias para entrega.
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O ministro também afirmou que, depois do novo coronavírus, o mundo precisa entender que produção de EPIs não pode depender tanto de um único país. Segundo Mandetta, 60% da produção mundial vem da China.
"O mundo inteiro está comprando. Quando a China inicia esse processo do coronavírus, em Wuhan, ainda permitia a exportação de EPI. Pouco tempo depois, só produção interna", afirma. O ministro diz que foram quase 60 dias sem poder comprar EPIs da China. "Não pode concentrar tudo num país só", disse.