Alemães tiveram “arma secreta” tecnológica para vencer a Copa do Mundo
Além do futebol, europeus usaram big data na conquista do tetracampeonato
Tecnologia e Ciência|Do R7

O futebol apresentado pela seleção da Alemanha na Copa do Mundo de 2014 conseguiu massacrar os sonhos dos brasileiros em poucos minutos. Além do talento dos atletas germânicos, a seleção usou uma arma fora das quatro linhas para levar o caneco: a análise e captura de enormes quantidades de dados em tempo real, também chamada de Big Data.
O que pode ser algo já comum entre os fãs de tecnologia e gestão, causou um belo estrago frente à seleção brasileira. Os alemães conseguiram medir o desempenho de seus próprios jogadores e desempenho dos rivais a cada jogo.
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Na final do torneio, a tecnologia alemã também provocou lágrimas nos argentinos. O jornal do país sul-americano Clarín informa que a ferramenta usada pelo técnico Joachim Low durante a Copa do Mundo é chamada de Insights e foi desenvolvida pela companhia de software alemã SAP – dona do famoso programa de gerenciamento homônimo. A seleção alemã era a única a usar esse tipo de tecnologia no torneio que aconteceu no Brasil.
De acordo com a publicação argentina, a ferramenta foi usada apenas em treinos, pois a Fifa proíbe o seu uso durante os jogos. Entrevistado pela Clarín, o diretor comercial da SAP Argentina, Leonel Turek afirma que os jogadores alemães usavam sensores nos pés e no peito.
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O executivo revela que também havia sensores nas bolas e câmeras que registravam cada momento das partidas. Todas as informações eram passadas para os treinadores em seus celulares e tablets para estudo.
— Com esta informação, o treinador alemão pode analisar, por exemplo, as estatísticas sobre o tempo médio de posse de bola pela equipe. E reduziu de 3,4 segundos para cerca de 1,1 segundo. Como todos nós vimos depois, a velocidade dos passes foi a força da Alemanha e o Brasil sofreu especialmente.
O diretor da SAP Argentina ainda informa que com apenas dez jogadores treinando com três bolas por dez minutos é possível capturar 7 milhões de dados em tempo real. Em uma partida de 90 minuto, o número de registros pode chegar a 60 milhões.