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Advogada avalia afastamento de vice-presidente da Caixa até a conclusão das investigações

Em documento do MPT, Celso Leonardo Barbosa é citado como alguém que 'causaria  temor' às mulheres

Brasília|Hellen Leite e Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Celso Leonardo Barbosa
Celso Leonardo Barbosa Celso Leonardo Barbosa

A defesa do vice-presidente de Negócios de Atacado da Caixa Econômica Federal, Celso Leonardo Barbosa, informou ao R7 que está avaliando a possibilidade de Barbosa se afastar do cargo até a conclusão da investigação sobre as denúncias de assédio moral feitas contra ele. Em nota, a advogada Luciana Pires também disse que "não existe nada em desfavor do vice-presidente", mas que "não vê impedimento no afastamento voluntário, embora ainda não tenha ocorrido, para garantir a integridade e imparcialidade das investigações".

A possibilidade de Barbosa ser afastado começou a circular nesta sexta-feira (1º), após ele também ser citado por funcionárias do banco em acusações de assédio moral. Um procedimento de investigação foi aberto pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) na quarta-feira (29). Segundo o documento do MPT, Barbosa é suspeito de ser alguém que "causaria temor" às mulheres que trabalham na instituição. 

No documento, o MPT também notifica a Caixa da obrigação de informar a relação de denúncias de assédio sexual enviadas ao canal interno do banco desde 2019, indicando o desfecho de cada uma delas. Confira:

Barbosa era o braço direito do ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, demitido após a divulgação de uma série de denúncias de assédio sexual e moral. As suspeitas foram reveladas pelo portal Metrópoles.

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De acordo com as denúncias reveladas pelo portal, Pedro Guimarães teria assediado funcionárias do banco em eventos e viagens de trabalho, especialmente em ações do Caixa Mais Brasil, programa criado pelo executivo para dar visibilidade à Caixa em todo o país. Há denúncias de aproximação física e toques indesejados.

Fontes ouvidas pelo R7 no MPF confirmaram a investigação e afirmaram que as diligências estão sendo feitas sob sigilo na Procuradoria da República no Distrito Federal, já que o economista não tem foro privilegiado. A presidente do TCU, Ana Arraes, já confirmou a investigação da entidade sobre os mecanismos da Caixa para combater esse tipo de assédio.

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Leia também: Contrariando a lei, ex-presidente da Caixa integrava 21 conselhos, e salário passava dos R$ 230 mil

Em nota, a Caixa disse que está avaliando as demandas do MPT e que enviará as respostas dentro do prazo da notificação, que é de dez dias. "O banco presta irrestrita colaboração com os órgãos de controle e fiscalização e está comprometido com a melhoria constante dos seus canais de denúncia e mecanismos de apuração e proteção aos empregados", informou.

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