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'O que eu tenho a ver?', questiona Bolsonaro sobre morte de petista

Um dos líderes do PT foi assassinado a tiros durante a própria festa de aniversário, no último domingo (10), em Foz do Iguaçu (PR)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro O presidente Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (11), que não tem relação com o assassinato de um dos líderes do Partido dos Trabalhadores em Foz no Iguaçu (PR) e rechaçou qualquer tipo de violência entre apoiadores no país.

"Ninguém sabe ainda [se tem conotação política]. Chegaram vídeos para a gente de antes do crime em si. O cara fez um boletim de ocorrência, disse que o outro chega lá gritando 'sou Bolsonaro'. Quando o Adélio [Bispo] me esfaqueou, ninguém disse que era do PSOL. Agora o que eu tenho a ver com a morte desse [homem], com esse episódio?", questionou Bolsonaro durante conversa com a imprensa no Palácio do Alvorada, em Brasília.

"Somos contra qualquer ato de violência. Eu já sofri isso na pele [em referência ao atentado em 2018]. Esperamos que não aconteça [a violência]. Está polarizada a questão. Agora o histórico de violência não é do meu lado, é do lado de lá [em referência ao PT]", completou.

Questionado se suas declarações podem influenciar a violência entre seus apoiadores, Bolsonaro evitou responder. "Você acha que não existe guerra do bem contra o mal? Olha, pergunta para o Lula se tem muito cachaceiro no Brasil. Querem me criminalizar o tempo todo. É o tempo todo tentando bater na mesma tecla como se eu fosse o responsável por ódio no Brasil, pelo amor de Deus", disse. "Eu não apoio. Não estou do lado de ninguém que pela violência faz política", acrescentou.

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O guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda e o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho
O guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda e o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho O guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda e o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho

O caso

Um dos líderes do Partido dos Trabalhadores e guarda municipal em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, foi assassinado na própria festa de aniversário no último domingo (10). O caso é investigado pela polícia como intolerância política, mas ainda não há confirmação oficial da motivação do crime.

Segundo o boletim de ocorrência, o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, comemorava o aniversário com a temática do PT com amigos e familiares. Durante a confraternização, o agente penitenciário federal, identificado como Jorge José da Rocha Guaranho, teria chegado ao local em um veículo Creta, acompanhado por uma mulher e uma criança.

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Conforme o relato de testemunhas, o agente federal teria descido do carro com uma arma na mão, gritado o nome do presidente Jair Bolsonaro e deixado o local. A festa continuou e o suspeito teria retornado, desta vez sozinho. Ao perceber a presença do agente, a companheira de Marcelo, que é policial civil, se identificou e, na sequência, Marcelo teria relatado que era guarda municipal. O agente, então, atirou contra o guarda, que também estava armado e revidou. Os dois homens foram baleados na discussão.

Socorristas do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) foram acionados e prestaram atendimento às vítimas. Marcelo não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Guaranho foi internado em estado grave, em um hospital de Foz do Iguaçu.

O agente penitenciário é policial penal federal e trabalha na Penitenciária de Catanduvas, no Oeste do Paraná, que fica a cerca de 200 quilômetros de Foz do Iguaçu. As duas armas, do guarda e do policial, foram recolhidas e encaminhadas para perícia.

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