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Produção de veículos foi 11% menor em 2016; vendas caíram 20,2% e não atingiram 2 milhões de unidades

Associação das montadoras vê sinais de retomada e projeta crescimento de 4% em 2017

Carros|Diogo de Oliveira, do R7

Mesmo com melhor resultado do ano, indústria teve pior dezembro desde 2008, diz Anfavea
Mesmo com melhor resultado do ano, indústria teve pior dezembro desde 2008, diz Anfavea Mesmo com melhor resultado do ano, indústria teve pior dezembro desde 2008, diz Anfavea

Após viver um dos anos mais desastrosos da história, a indústria automobilística brasileira tenta focalizar os (ainda tímidos) sinais de retomada da economia. O mês de dezembro foi o melhor de 2016, único a ultrapassar as 200 mil unidades vendidas. Mesmo assim, foi o pior dezembro desde 2008 segundo a Anfavea, o que endossa os resultados ruins dos últimos 12 meses.

O reflexo da crise é visto em praticamente todos os números divulgados pela associação nacional das montadoras. A produção de automóveis e comerciais leves recuou 11% no período, totalizando 2.078.064 veículos montados no País, ante os 2.333.861 modelos entregues em 2015. Somando caminhões e ônibus, a retração foi de 11,2%.

A baixa nos volumes entregues pelas fábricas evidentemente impactou no emprego, que sofreu queda de 7,1% em dezembro frente ao mesmo mês de 2015, com 121.211 profissionais contratados. O número é razoavelmente menor que o registrado em dezembro de 2013, quando a indústria nacional tinha 157 mil empregados. Segundo Antonio Megale, presidente da Anfavea, o nível do emprego depende do cenário econômico.

— Acreditamos que a recuperação vai aparecer mais à frente, quando os investimentos retomarem de forma mais robusta e o nível de confiança do brasileiro voltar a subir. A economia tem que começar a crescer. Para a indústria, a grande virada será quando as fábricas reduzirem a capacidade ociosa. Observamos que a maioria delas está reduzindo o número de demissões e devemos ter uma melhora do cenário quando a economia retomar.

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Vídeo: entrevista com Antonio Megale, presidente da Anfavea

Luz no fim do túnel

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No balanço da Anfavea, as vendas de veículos podem ter chegado ao "fundo do poço". A queda no acumulado de janeiro a dezembro foi de 19,8% para automóveis e comerciais leves, e 20,2% quando somados caminhões, ônibus e máquinas agrícolas. Somando somente os carros e utilitários, foram emplacadas 1.988.593 unidades em 2016, contra 2.480.529 acumuladas em 2015, quando o mercado já havia sofrido uma retração de 26%.

O único alento de 2016 para as fábricas foram as exportações. Houve um crescimento robusto de 25,7% para os automóveis e comerciais leves, e de 24,7% na indústria geral, influenciado pelo valor ainda elevado do dólar norte-americano. Foram 520.286 veículos enviados ao exterior ante os 417.332 exportados em 2015.

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Outro dado positivo é a queda dos estoques. Em dezembro, foram 176,2 mil veículos nos pátios das fábricas, o suficiente para 26 dias. Vale lembrar que, ao longo de 2016, os estoques chegaram a ultrapassar os 50 dias, fazendo as fábricas interromperem a produção, usando instrumentos legais para manter os empregos com as linhas paradas.

— Estamos com várias dificuldades políticas, o cenário é bastante instável, o próprio governou reviu a previsão de crescimento de PIB. Por isso baixamos nossa previsão para o ano. Eu preferia trazer uma visão de crescimento mais robusto, de dois dígitos, mas optamos por trazer uma projeção conservadora e realista neste momento.

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