Após reunião, ônibus em Florianópolis voltam a circular em horário normal, mas com restrições
Mudanças ainda não têm data para acabar
Cidades|Do R7
Autoridades e trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis se reuniram nesta sexta-feira (15) para discutir a circulação dos ônibus na capital catarinense. Eles decidiram que hoje os coletivos vão circular normalmente até as 20h. Das 20h às 23h, haverá redução de linhas e itinerários e os veículos vão sair em comboio e com escolta da Polícia Militar e da Guarda Municipal.
Em uma assembleia realizada na quinta-feira (14), motoristas e cobradores decidiram que os ônibus iriam circular na capital entre 7h e 19h a partir de sexta-feira (15). O horário já estava reduzido de 0h para 22h por causa da onda de violência que atinge o Estado.
Soldados da Força Nacional chegam a Florianópolis
Com a circulação de ônibus restringida em algumas horas do dia, a Secretaria de Educação de Santa Catarina decidiu, também na quinta-feira, suspender as aulas noturnas nesta sexta-feira. Até as 19h30, a secretaria não havia divulgado se as aulas serão mantidas na próxima semana.
Há uma semana, a Prefeitura de Florianópolis alugou carros para que a Polícia Militar pudesse escoltar os ônibus de 14 linhas que ficaram suspensas por dois dias. No entanto, a medida não evitou que outros coletivos voltassem a ser queimados na cidade.
Estado vai continuar a oferecer escoltas a ônibus em Florianópolis
Número de atentados em SC chega a cem em 16 dias
O esquema no sábado (16) será mantido. A mudança será no domingo (17), quando, com o fim do horário de verão, que o esquema de comboio e escolta vai começar a partir das 19h.
Onda de violência
Santa Catarina vive há 16 dias uma série de ataques criminosos. Dezenas de ônibus e outros veículos já foram incendiados, bases da PM e delegacias foram atacadas e até casas de agentes de segurança do Estado também foram alvos dos bandidos. O número de ocorrências chegou a 101, em 30 cidades, até a noite desta sexta-feira.
O motivo dos atentados teria relação com maus-tratos a detentos, assim como aconteceu em novembro. Um vídeo gravado em um presídio de Joinville mostrou presos sendo torturados por agentes penitenciários. O policiamento foi reforçado em todas as regiões.
O número de cidades em Santa Catarina que registraram ataques supostamente feitos por uma facção que atua no Estado já supera o verificado em 2012, ano em que a série de atentados começou.