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Abrainc e Fipe atribuem aumento de distratos de imóveis à volatilidade econômica

Juros altos e maior dificuldade para obter crédito ocasionaram nas decisões de cancelamento

Economia|

Para os executivos, os compradores teriam fechado os contratos em um cenário mais positivo
Para os executivos, os compradores teriam fechado os contratos em um cenário mais positivo Para os executivos, os compradores teriam fechado os contratos em um cenário mais positivo

O aumento no volume de cancelamentos de compra de imóveis, processo conhecido como distrato, se deve principalmente à volatilidade macroeconômica do País. A avaliação é de representantes da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Para os executivos, os compradores fecharam contratos em um cenário econômico mais positivo, com juros menores e crédito mais abundante, mas muitos acabaram cancelando as aquisições por conta da piora desses fatores.

Segundo o diretor de comunicação da Abrainc, Luiz Fernando Moura, essa é uma questão importante, mas os distratos tendem a diminuir nos próximos anos. Para ele, houve a chegada de muitos investidores nos últimos anos, que tinham a expectativa de revenda de imóveis a preços mais elevados, porém, diante da piora do cenário, optaram por desistir da compra. 

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No entanto, com a concentração de negócios por consumidores finais, a tendência é um maior equilíbrio no futuro, Moura alerta ainda que o movimento pressupõe uma melhora da economia e um nível de concessões de crédito mais razoável.

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O economista Eduardo Zylberstajn, da Fipe, concluiu que os distratos hoje são reflexos da volatilidade da economia. Entre os exemplos, o especialista citou o aumento dos juros nos últimos meses. Para ele, é papel do Estado e do governo ajudar a definir um arcabouço institucional para se ter mais previsibilidade.

De acordo com o economista, o enfraquecimento do mercado imobiliário acompanha o ciclo econômico vivido pelo País.

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— Seria estranho mostrar vendas e lançamentos em alta, pois não batem com a situação do País"

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Ele ainda acrescenta que quando a confiança está em baixa, há uma retração na demanda e um ajuste na oferta.

— No cenário de maior incerteza, há uma posição de cautela

O vice-presidente executivo da Abrainc, Renato Ventura, ressaltou que as incorporadoras têm ajustado os lançamentos nos últimos anos, para enfrentar o momento mais difícil. Por outro lado, as vendas mostram uma resiliência maior.

— Há uma demanda que continua a existir. Vemos continuidade na demanda e ajustes no setor feitos com os lançamentos.

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