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Dólar e Ibovespa têm dia de volatilidade após desidratação da PEC da Transição na Câmara 

Ações e moeda oscilam entre altas e quedas, com investidores atentos à repercussão da proposta aprovada com vigência reduzida

Economia|Do R7

Dólar e Ibovespa têm dia de volatilidade, após a aprovação da PEC da Transição
Dólar e Ibovespa têm dia de volatilidade, após a aprovação da PEC da Transição Dólar e Ibovespa têm dia de volatilidade, após a aprovação da PEC da Transição

O dólar mostrava volatilidade frente o real na manhã desta quarta-feira (21), oscilando entre altas e quedas, enquanto os investidores estavam de olho nos desdobramentos da aprovação, em primeiro turno, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição na Câmara dos Deputados. Pelo mesmo motivo, o Ibovespa também tinha sessão volátil, após dois fechamentos com ganhos. No exterior o cenário era positivo para ações e commodities.

Às 11h05, no horário de Brasília, o dólar à vista avançava 0,22%, a R$ 5,2173 na venda. No mesmo momento, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,34%, a R$ 5,2255.

O Ibovespa abriu o dia em forte alta, estendendo os ganhos das últimas sessões, mas o movimento mudou por volta das 11h e, desde então, opera sem direção clara.

Às 12h30, o índice oficial da bolsa brasileira subia 0,16%, a 107.031,86 pontos. Ele foi a 107.991,07 pontos nas máximas da sessão, e caiu a 106.065,73 pontos nas mínimas. O volume financeiro somava R$ 8 bilhões, em meio à redução de liquidez nos últimos pregões, por causa da proximidade dos feriados de final de ano.

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O texto principal da PEC da Transição, também conhecida como PEC do Estouro, foi aprovado em primeiro turno na noite de terça-feira (20) na Câmara dos Deputados. As negociações em torno dessa proposta seguem no radar, uma vez que a conclusão da votação está marcada para a sessão desta quarta.

O projeto do governo de transição amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões, visando o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600. Como os deputados reduziram o prazo de vigência da medida de dois anos para apenas um, o texto terá de voltar ao Senado.

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Essa redução ajuda a impulsionar os ativos brasileiros. "Uma PEC mais enxuta é melhor do ponto de vista fiscal, e o mercado responde", disse, em relatório, Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

O pagamento do Bolsa Família não dependeria, na prática, da aprovação da PEC, porque o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes emitiu uma decisão liminar que excluindo os recursos para o pagamento do programa do teto de gastos.

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Representantes do governo eleito, porém, disseram que manteriam as negociações sobre a proposta, que é mais abrangente que o programa social, e confere maior segurança política.

Mercado externo

No exterior, várias moedas emergentes, pares do real, apresentavam viés positivo nesta quarta, entre elas o dólar australiano, o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Além disso, também chama a atenção, segundo alerta Márcio Riauba, chefe da mesa de câmbio da StoneX, a alta das commodities. Nesta quarta, os contratos futuros do petróleo saltavam mais de 2%, enquanto os preços do minério de ferro dispararam em na bolsa de Dalian, na China, devido à redução de temores sobre o setor imobiliário daquele país.

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A poucos dias do Natal, investidores esperavam uma semana de negociações esvaziadas, o que ainda pode exacerbar os movimentos da taxa de câmbio.

Na segunda-feira, a moeda norte-americana spot recuou 1,97%, a R$ 5,2059 na venda, maior depreciação percentual diária desde 31 de outubro (-2,59%), e o patamar de encerramento mais baixo desde 1° de dezembro (R$ 5,1979).

Visão dos analistas

As principais influências positivas do Ibovespa na manhã desta terça eram Vale e Rede D'Or, enquanto Localiza e JBS caíam. As negociações políticas do governo eleito seguem no radar.

"As votações devem ser concluídas nesta semana, possivelmente hoje, portanto antes do recesso de final de ano que começa dia 23", escreveu a equipe do Citi, em relatório. Os analistas acrescentaram que esses desenvolvimentos políticos estão alinhados ao cenário-base do banco norte-americano para a política fiscal em 2023.

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, falou também sobre a política fiscal do país: "Muito se fala a respeito do prazo da licença para gastar, reduzido de dois para um ano. Contudo, seguem ignorando o fato de que em seis meses o executivo terá que apresentar uma nova âncora fiscal, que substituirá o teto, e poderá ser aprovado por lei complementar. Em outras palavras, não se precisará de licença para gastos fora do teto se o teto não existir em seis meses". 

Além disso, os agentes financeiros continuam na expectativa por novas nomeações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em Wall Street, os principais índices acionários avançavam, após números positivos da Nike elevarem a confiança dos agentes financeiros, que estão atentos a novos dados econômicos e seu impacto na política monetária do Federal Reserve. 

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