Ibovespa sobe 1,5% e renova recorde histórico
Índice de referência do mercado acionário brasileiro marcou 96.575,98 pontos após cair 1% nos últimos dois pregões
Economia|Do R7
A bolsa paulista retomou o viés positivo nesta quarta-feira (23) e levou o Ibovespa em nova máxima recorde, apoiado em perspectivas positivas para a economia brasileira.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,53%, a 96.558,42 pontos, recorde para fechamento e perto da máxima do dia, de 96.575,98 pontos. O giro financeiro somou R$ 14,457 bilhões.
O Ibovespa encerrou em baixa nos últimos dois pregões, acumulando no período declínio de 1%.
Em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, Guedes afirmou à Bloomberg TV que a maior prioridade é a reforma da Previdência e que mais da metade do déficit fiscal será cortada com a medida.
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Ele também disse que as privatizações devem gerar pelo menos US$ 20 bilhões em 2019. Guedes participaria de coletiva à imprensa com a delegação brasileira no começo da tarde, incluindo o presidente Jair Bolsonaro. A entrevista, contudo, foi cancelada na última hora, com representantes do governo citando cansaço de Bolsonaro.
Em paralelo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse em Brasília que a definição da proposta da reforma da Previdência deve ocorrer nas próximas semanas.
"Será importante entender, nos próximos dias, se esta dinâmica melhor dos ativos brasileiros continua a ser fluxo, única e exclusivamente, de alocações de investidores locais ou se já há um maior interesse por parte dos estrangeiros", destacou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos.
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"Isso pode ser crucial para a continuidade, ou não, do bom desempenho. Sigo otimista com as perspectivas para o país, mas entendo que não será um processo linear", disse, em nota a clientes.
Números da B3 continuam mostrando entrada de capital externo no segmento Bovespa este ano, com o saldo no ano acumulado até o dia 21 totalizando R$ 1,562 bilhão.
No exterior, Wall Street tinha os principais índices acionários em direções divergentes, em meio a resultados corporativos, preocupações sobre desaceleração econômica, tensões comerciais e paralisação do governo norte-americano.
Destaques
- KROTON subiu 7,33%, após a companhia de educação divulgar previsões para 2019, incluindo alta de 1% a 5% para o Ebitda. Analistas do Itaú BBA consideraram o anúncio positivo, dizendo que o Ebitda esperado é "significativamente" superior às estimativas deles.
- VALE avançou 1,03%, apesar da queda nos preços do minério de ferro na China. Analistas do Santander reiteraram a ação da mineradora como uma de suas preferidas, destacando que a confiança na Vale aumentou e que eles esperam que a empresa registre sólidos resultados operacionais.
- PETROBRAS PN fechou com acréscimo de 1,19%, apesar da queda do petróleo, em sessão com noticiário intenso envolvendo a petrolífera de controle estatal.
- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 0,67%, desempenho mais fraco que outras ações de bancos listados no Ibovespa, com BRADESCO PN subindo 1,71%, BANCO DO BRASIL avançando 2,07% e SANTANDER BRASIL UNIT encerrando em alta de 3,21%.
- CSN subiu 5,41%, tendo como pano de fundo melhora na recomendação das ações pelo BTG Pactual para 'compra', com preço-alvo elevado para R$ 13, em razão de expectativa de alta dos resultados operacionais no ano e preços saudáveis de minério de ferro, entre outros fatores.
- AMBEV caiu 2,05%, segundo dia seguido de baixa, em meio a perspectivas ainda desfavoráveis para o resultado da fabricante de bebidas no quarto trimestre. O BTG reduziu sua estimativa para os volumes no Brasil, para queda de 1,7% na base anual contra alta de 2% prevista anteriormente, segundo relatório na véspera.