O conselho de administração da Petrobras confirmou nesta sexta-feira (8) Graça Foster na presidência da companhia, em meio a rumores de que ela sairia do cargo por causa das investigações abertas contra a companhia.
A confirmação foi comunicada em uma nota de imprensa divulgada após a reunião em que o conselho de administração analisou os resultados da empresa no segundo trimestre do ano, que serão divulgados nesta sexta-feira.
Em nota, a Petrobras comunicou que "o conselho de administração refuta quaisquer especulações sobre a saída da presidente Maria das Graças Silva Foster".
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As versões sobre a suposta renúncia ou destituição da executiva surgiram depois de o Tribunal de Contas da União (TCU), começar a investigar uma denúncia contra a Petrobras por má gestão, e admitir que estuda pedir o embargo dos bens de Foster por sua responsabilidade em uma decisão que provocou perdas para a empresa.
A reunião que os magistrados do tribunal teriam esta semana para analisar a medida contra a presidente da Petrobras foi adiada a pedido do chefe da Advocacia Geral da União, Luiz Inácio Adams, para quem o embargo de bens deixaria Foster sem condições de permanecer à frente da empresa.
— Apesar de estar dirigida contra a pessoa física de Foster, a decisão afeta a própria gestão da empresa. Seu comando ficaria inviável porque tiraria sua legitimidade.
O TCU responsabilizou os antigos diretores da empresa pela bilionária perda provocada pela compra de uma refinaria nos Estados Unidos, embargou seus bens e determinou o pagamento de indenização de US$ 792,3 milhões.
Foster, apesar de fazer parte da direção da empresa na época, inicialmente foi excluída dessa decisão, o que o tribunal atribuiu a um erro que seria corrigido esta semana.
O polêmico negócio, que também é objeto de investigação da procuradoria do Rio de Janeiro e de uma CPI no Congresso, se refere à compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas, em 2006.
A Petrobras comprou metade do capital da refinaria por US$ 360 milhões da empresa belga Astra Oil, que um ano antes tinha pago US$ 42,5 milhões por 100% da unidade. Devido a uma cláusula no contrato, a Petrobras foi forçada a desembolsar outros US$ 820 milhões pela outra metade do capital.
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