Levantamento feito pela Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) entre alguns dos preços praticados nas passagens de avião revela que, em um período de 12 meses, o valor cobrado caiu até 40,5%. No entanto são casos pontuais, pois segundo o IPCA-15, índice de inflação do IBGE, o preço das passagens aéreas aumentaram 21,3%, entre os dias 15 de agosto e 15 de setembro.
Como analisa um período mais curto, o IPCA-15 pode refletir um cenário que não se alinha com a realidade do setor, contemporizou a associação. Por exemplo, no acumulado do ano, pelo IPCA, os bilhetes aéreos apresentam queda de quase 13%.
Entre as pechinchas relacionadas pela associação, há uma passagem de Campinas (SP) para Porto Seguro (BA), pela companhia Azul, que custava R$ 600,81, em julho de 2016, caiu para R$ 357,53, em julho deste ano (redução de 40,5%).
Na Gol Linhas Aéreas, a Abear apurou que uma passagem do aeroporto do Galeão (RJ) para Salvador (BA) custava R$ 303,92 e caiu para R$ 211,59 (-30,4%), na pesquisa entre o período de junho a setembro de 2016 contra o mesmo período de 2017.
A Abear também comparou os preços praticados pela Latam em agosto de 2016 com os de agosto deste ano. Uma passagem de Brasília (DF) para Recife (PE) que custava R$ 379 caiu para R$ 253 doze meses depois (- 33%).
Bagagens
Segundo a Abear, há uma real tendência de queda nos preços das passagens aéreas desde que a desregulamentação da franquia da bagagem entrou em vigor em junho.
Entre as empresas participantes da associação, que representa 99% do setor, a parcela dos passageiros que viajam sem bagagem varia de 60% (na Azul), 63% (na Latam) a 65% (na Gol). Os passageiros, na avaliação da Abear, optam por classes tarifárias até 30% mais baratas do que as que dão direito a um volume de até 23 kg. No caso da Gol, houve aumento de 50% no volume de viajantes que não despacham bagagem, em relação ao mesmo período do ano passado, o que corresponde a 1 milhão de bilhetes já vendidos com a nova tarifa.