O rendimento médio do trabalho brasileiro recuou de R$ 2.124 para R$ 2.112 entre 2016 e 2017, queda de 0,56%. Os dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) fazem parte da PNAD Contínua e consideram os rendimentos recebidos apenas por trabalhadores ocupados com 14 anos ou mais de idade (124,6 milhões de brasileiros).
O rendimento é maior para o trabalhador do Centro-Oeste, com salário médio de R$ 2.479, e menor para o do Nordeste, com R$ 1.429.
Nas demais regiões, o rendimento médio ficou em R$ 2.459, no Sudeste, R$ 2.373 no Sul, e R$ 1.541 no Norte.
A análise da PNAD Contínua também revelou as diferenças econômicas entre a população mais rica e mais pobre do Brasil. Enquanto o 1% dos brasileiros com os maiores rendimentos recebiam, em média, R$ 27.213 mensalmente em 2017, os 50% com menores rendimentos recebiam R$ 754 mensais na média. A diferença é de 36,1 vezes.
Uma outra forma de entender as diferenças sociais é que 43,3% dos salários do país ficam com 10% dos trabalhadores mais bem pagos. Já os 10% dos trabalhadores com piores salários ficam com 0,7% da massa total de rendimentos.
Bolsa Família
A pesquisa do IBGE mostrou ainda que caiu o percentual de residências que recebiam o Bolsa Família em 2017, para 13,7% do total de domicílios, ante 14,3% no ano anterior.
Nas regiões Norte e Nordeste, uma em cada quatro casas recebiam o benefício, que é pago a quem vive em situação de pobreza e extrema pobreza. O percentual de domicílios ficou em 28,4% no Nordeste e 25,8% no Norte. No Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o percentual ficou em 8,5%, 6,7% e 4,6%, respectivamente.
Tem direito ao benefício todas as famílias com renda de até R$ 85 por pessoa, ou com renda de R$ 85 a R$ 170, mas que tenham filhos de até 17 anos.
O rendimento médio mensal das famílias com Bolsa Família era de R$ 324. Nas famílias que não recebem o beneficio, o valor ficou em R$ 1.489.