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Taxa básica de juros sobe pela 6ª vez seguida e chega ao mesmo valor do fim de 2008

Após dois dias de reunião, Banco Central decidiu elevar a Selic para 13,75% ao ano

Economia|Do R7

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Expectativa é de que a Selic encerre o ano em 14%
Expectativa é de que a Selic encerre o ano em 14%

O BC (Banco Central) optou nesta quarta-feira (3) por aumentar a taxa básica de juros da economia brasileira pela sexta vez seguida. A alta, novamente de 0,5 ponto percentual, fez a Selic saltar de 13,25% para 13,75% ao ano, mesmo patamar de dezembro de 2008.

A decisão tomada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) foi unânime e divulgada após dois dias de reuniões. Votaram o presidente do BC, Alexandre Antonio Tombini, Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.


Quando o Copom aumenta a Selic, um dos seus objetivos é conter a inflação, já que os juros mais altos encarecem o crédito, diminuem a disposição para gastar do consumidor e estimulam a poupança.

A alta de 0,5 ponto percentual já era prevista pelo mercado, conforme informações divulgadas no último boletim Focus, que ouve, semanalmente, as expectativas a respeito da economia nacional. As instituições financeiras esperam ainda que a taxa básica de juros tende a chegar ao fim deste ano a 14%.


Taxa básica

A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.


A trajetória de alta dos juros básicos da economia, iniciada em setembro do ano passado, já começou a se refletir no valor dos financiamentos imobiliários. A Caixa, por exemplo, já decidiu aumentar os juros para financiar a casa própria por duas vezes somente nos primeiros meses do ano. A medida foi seguida por outros bancos públicos e privados do País.

A taxa também serve como um dos instrumentos para manter a inflação calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estática) dentro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores é sempre superior à Selic.

A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano. Ou seja, com a taxa a 13,75%, vale mais a pena buscar alternativas mais atrativas de investimento.

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