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Temer diz que Brasil pode levar 7 anos para zerar déficit público 

Planejamento avalia que País só deve conseguir superávit primário em 2021

Economia|

Temer disse que o governo reformulou o modelo de concessões e deixou de lado "qualquer visão ideológica"
Temer disse que o governo reformulou o modelo de concessões e deixou de lado "qualquer visão ideológica" Temer disse que o governo reformulou o modelo de concessões e deixou de lado "qualquer visão ideológica"

O presidente Michel Temer voltou a defender o teto dos gastos nesta terça-feira (22), ao dizer que pode levar até sete anos para zerar o déficit do setor público.

— A previsão que fizemos é que vai levar tempo para zerar o déficit público. Quando falamos em R$ 179 bilhões, R$ 159 bilhões, estamos fazendo um déficit assustador. Não se resolve de um dia para o outro, vai se resolvendo ao longo do tempo. [...] Queira Deus que possamos fazê-lo em cinco anos, seis anos, sete anos. Não vamos ter a ilusão de que em pouquíssimo tempo, em dois, três anos vamos resolver esse assunto.

Ao anunciar novas metas fiscais na semana passada, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que o País só deve conseguir superávit primário novamente em 2021.

Um dia após o governo anunciar a privatização da Eletrobras, Temer disse que o governo reformulou o modelo de concessões e deixou de lado "qualquer visão ideológica".

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— Temos atraído investidores do Brasil e do mundo. Tiramos de lado qualquer visão idelógica, temos visão universalista das relações internacionais.

Reintegra

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Temer admitiu ainda que o governo pode atender o setor do aço e rever o Reintegra, programa que devolve às empresas 2% do faturamento com exportações de manufaturados como compensação por impostos indiretos.

Em discurso durante a abertura da 28º Congresso Nacional do Aço, Temer afirmou que o governo é “sensível” ao tema e irá marcar uma reunião com a equipe econômica para ver o que seria possível fazer.

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— Aqui me dirijo exatamente à questão referente ao Reintegra, sobre o qual já conversamos. As dificuldades atuais são muitas, como todos sabemos. A primeira ideia, alias, era até eliminar os 2%, mas a ideia que prevaleceu foi manter os 2%. [...] Mas ainda agora conversando, estamos ajustando uma conversa de todos com a área econômica do governo para verificar se é possível ainda alguma mudança em face do quanto aqui foi dito.

O programa tinha uma alíquota de 3 pontos percentuais no governo Dilma, mas foi reduzida a 0,1% — o mínimo possível — em 2016 sob a alegação de que o câmbio estaria favorável aos exportadores.

O governo chegou a considerar acabar com o Reintegra, admitiu o presidente, mas, sob pressão da indústria exportadora, manteve a alíquota em 2%.

Durante a abertura do Congresso, os empresários do setor reclamaram da competição com a China, que tem feito o Brasil perder espaço no mercado internacional.

Temer disse ainda que, na semana que vem, em sua viagem ao país asiático, irá tratar do tema.

— Levarei à China a nossa preocupação de que sua ação na venda do aço não pode prejudicar a competição internacional.

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