Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Com campus liberado, vestibulandos ainda temem problemas na USP Leste  

Alunos de cursinhos têm dúvidas sobre o futuro dos cursos que gostariam de fazer

Educação|Do R7

A crise ambiental na USP fez Larissa se preocupar com a perda da qualidade do curso de moda
A crise ambiental na USP fez Larissa se preocupar com a perda da qualidade do curso de moda A crise ambiental na USP fez Larissa se preocupar com a perda da qualidade do curso de moda

Larissa Shirata de Oliveira, 18 anos, tenta se tornar aluna do curso Têxtil e Moda da Each (Escola de Artes e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo) desde o ano passado. Após os problemas ambientais que acarretaram na intervenção da unidade por sete meses, revogada pela Justiça na tarde de ontem (22), a estudante do cursinho da Poli conta que tem medo de não ter condições ideais para estudar, mas pretende fazer a prova da Fuvest e ingressar como aluna nas turmas de 2015 na unidade da zona leste.

— Escolhi moda porque gosto desta área. Minha avó é costureira e me ensinou a costurar. Quero fazer a graduação na USP porque o curso aborda a parte de tecidos e desenhos. Outras faculdades têm cursos específicos em desenho e criação. Desde que me decidi pela USP fiquei preocupada e cheguei a temer que universidade diminuisse a qualidade ou até fechasse a unidade da zona leste. Ouvi relatos negativos de alunas do curso de moda.

USP usa poupança para pagar contas, diz reitor 

Ela não está sozinha, Fernando Silva Bispo, 17 anos, terminou o ensino médio em 2012 e atualmente estuda no cursinho preparatório do Henfil para o vestibular. Ele conta que frequentou escolas públicas a vida inteira e que deseja ter um diploma do curso de políticas públicas da USP.

Publicidade

— Tenho acompanhado a questão da crise ambiental na Each, mas não entendo certas questões que envolvem o Ministério Público e a Cetesb. A impressão que ficou para mim é que de o risco á saúde não existe mais. Mas acho que se passar no vestibular este ano, vou encontrar uma realidade bem diferente da que sonhei.

Desmotivação e apreensão

Publicidade

Larissa comenta que ficou bem desmotivada ao pensar que estava estudando, mas não tinha certeza sobre o funcionamento do curso, nem da qualidade das aulas na Each.

— Fico pensando que eu poderia prestar vestibular em outra faculdade. Meu irmão, que estudou sistemas da informação na Each, me disse que foi bom não ter passado no vestibular do ano passado, porque se não seria um ano perdido.

Publicidade

A estudante revela que algumas alunas do curso de moda lhe contaram que no primeiro semestre as aulas aconteceram na Faculdade de Psicologia. Neste local, segundo ela, não existem aparelhos para a contagem de fios, manequins.

—Sei que esse curso é caro por causa das máquinas e de todos os aparelhos que ele exige. Sem os equipamentos, a qualidade do ensino cai muito.

A possibilidade de ter aulas em unidades provisórias também foram citadas por Fernando como motivo de apreensão e de desqualificação da imagem da USP.

— Pelo que eu tenho acompanhado, os alunos estão tendo aulas em salas improvisadas, muitas vezes faltam recursos, não é a mesma coisa que seria ter aula num local adequado.

Reabertura

Após a decisão de liberar as atividades na USP Leste, Viviane Nunes, professora do curso de Obstetrícia ministrado na unidade, disse ao R7 que as opiniões do corpo docente estão bem dividas, mas o local não oferece risco para a saúde de funcionários e dos alunos.

Leia outras notícias sobre Educação no R7

— A USP realizou uma investigação no solo e quase finalizou um projeto de ventilação para diminuir a incidência de gás metano na área. Parte do solo que apresenta contaminação foi isolada com tapumes e recebeu grama.

Ela entende que as medidas tomadas são suficientes para sanar o problema.

— Comprovamos que a substância encontrada no solo não pode trazer dano à saúde se inalada ou se entrar em contato com a pele. O único caso de contaminação se daria por ingestão, ou seja, se alguém comesse a terra contaminada.

Estudantes da USP Leste têm aula em banheiro de prédio provisório

Viviane reconhece que a imagem da instituição foi abalada e que as turmas já iniciadas foram afetadas com as aulas em unidades provisórias, mas, os vestibulandos não devem temer outrs probemas agora que a unidade foi liberada.

Segundo ela, apesar dos protestos e da insatisfação dos alunos, não houve um número pequeno de trancamentos ou de desistências no primeiro semestre do ano. A professora também informou que as aulas devem retornar normalmente ao campus da zona leste na volta às aulas, marcada para acontecer no dia 11 de agosto.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.