O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), negou, nesta segunda-feira (15), ter participado de suposto esquema de propina na Petrobras. Ele disse que a denúncia mostra prática “imunda” de tentar sujar seu nome.
Neste sábado (13), a revista IstoÉ trouxe mais alguns nomes que foram citados pelo ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa em delação premiada. Entre as pessoas acusadas pelo ex-diretor, está Cid Gomes.
Em nota, o governador diz que está processando a revista por calúnia, difamação e por dano moral, por “ter abrigado clara armação criada por adversários”. Para ele, a intenção da denúncia é “interferir na disputa eleitoral no Ceará”.
Ele diz não ter nenhum tipo de envolvimento com o ex-diretor e afirma que todo seu relacionamento com a estatal “sempre foi institucional”.
Se dizendo inocente, Cid Gomes defendeu que os culpados sejam punidos e disse que “o Brasil não suporta mais assistir à corrupção impune”.
Leia mais notícias de Eleições
Leia a nota completa:
"Em respeito à opinião pública cearense e brasileira, a propósito de infamante citação de meu nome, sem qualquer fundamento ou base, em matéria relativa ao chamado escândalo da Petrobras na edição desta semana da Revista IstoÉ, esclareço:
1. Estou processando a citada revista por calúnia, difamação e por dano moral por ter abrigado clara armação criada por meus adversários, visando interferir na disputa eleitoral no Ceará;
2. Não tenho, nem nunca tive, qualquer envolvimento nem qualquer tratativa pessoal com o citado ex-diretor da Petrobras, muito menos qualquer conversa indecente ou corrupta. Todo o meu relacionamento com a Petrobras sempre foi institucional;
3. Esta clara fraude envolvendo o meu nome em véspera de eleição repete prática imunda que já tive de enfrentar quatro anos atrás, quando da publicação de invenções envolvendo meu nome e o nome do meu irmão, Ciro Gomes, que se revelaram completamente falsas;
4. O Brasil não suporta mais assistir a corrupção impune nem pode dar aos malfeitores e ladrões do dinheiro público o prêmio da impunidade, senão chegaremos ao fundo do poço em que os salafrários reinarão e ainda se sentirão autorizados a enlamear a honra de quem faz da vida pública uma prática decente. É o caso presente e a justiça tem a obrigação, de, celeremente, achar e punir os culpados.
Fortaleza, 15 de setembro de 2014
Cid Gomes
Governador do Estado do Ceará"