O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, declarou nesta quinta-feira (21) que não há nenhum tipo de conflito entre o partido e a Rede Sustentabilidade, grupo político de Marina Silva. De acordo com Amaral, a saída de Carlos Siqueira da coordenação da campanha socialista à Presidência da República, anunciada hoje, deve-se a um conflito pessoal e não político.
— O PSB e a Rede estão unidos. Foi um mal entendido, uma reação puramente pessoal, que eu respeito, sem nenhum conteúdo político.
As declarações foram feitas após a reunião entre Amaral, Marina e os representantes dos partidos que também compõem a coligação Unidos pelo Brasil: PPS, PPL, PRP, PHS e PSL, além de PSB e Rede.
Siqueira também participou da reunião e saiu irritado, acusando Marina Silva de querer mandar no partido.
— Meu compromisso era com Eduardo Campos e acho que ela não representa o legado dele. Ela está muito longe de representar o legado dele.
Marina Silva não quis falar sobre o desentendimento com Siqueira e deixou claro que essa situação deve ser resolvida pela Presidência do PSB. Segundo ela, os ânimos estão exalados devido à tensão do momento.
— Os brasileiros todos me conhecem e sabem como eu tenho profundo respeito pelas pessoas, ainda mais nesse momento de dor, ainda mais sendo o Carlos Siqueira, que foi a pessoa que tanto nos acolheu. É um momento difícil para todos nós. Eu sempre digo que prefiro sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça.
Siqueira deixou a coordenação da campanha por não ter sido indicado por Marina para continuar no posto. A candidata alega que não fez a indicação porque isso caberia ao PSB.
O "mal entendido" acontece menos de 24 horas após a chapa do PSB ser oficializada, com Marina para presidente e o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) como vice.
Essa é a segunda baixa da coligação. O presidente do PSL, Luciano Bivar (PSL-PE), disse hoje ao R7 que o partido vai deixar a coligação após a "mudança substancial na cabeça da chapa".