O Vaticano está enredado em dois escândalos distintos. Informações divulgadas pelo jornal The Independent, nesta quarta-feira (8), revelam que um padre, da região norte da Itália, foi afastado de suas funções após navegar na internet em busca de amantes gays, tendo sido também envolvido na participação em orgias gays.
A imprensa italiana também deu destaque a outro caso, este ainda mais indecoroso por envolver suspeita de assassinato. O padre Gratien Alabi, da República Democrática do Congo, está sendo investigado por homicídio no sul da Itália.
As suspeitas tiveram início quando foram descobertos ossos femininos sob as lajes de uma antiga capela na montanha. A expectativa é que esses ossos pertençam a Guerrina Piscaglia, que desapareceu aos 50 anos, na região de Arezzo, na Toscana, em 2014, segundo informações do The Times.
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A mídia italiana repercute o escândalo com espanto e interesse. Há outras afirmações escabrosas de que o padre Alabi, além do caso com a mulher, se relacionava ao mesmo tempo com um outro paroquiano da igreja dele e outro padre da igreja. Também se afirma que padre Alabi teve um filho com a mulher.
O padre Alabi nega todas as acusações e se diz inocente.
Já no norte italiano, enquanto isso, outro padre, cujo nome não foi revelado, de 50 anos, está sendo acusado por um homem de 32, da cidade de Rovigo, situada entre Bolonha e Veneza. A cúria local está lutando para explicar as acusações feitas pelo homem, também não identificado pela mídia, que denunciou para a imprensa as ações homossexuais do padre.
O homem teria feito isso, por ter se frustrado com a falta de atitude das autoridades eclesiásticas de Puglia, após sua queixa e solicitação de que fossem tomadas providências.
Segundo o homem, ele conheceu o padre pelo Facebook, tecendo uma relação de intimidade, em conversas online, nas quais o religioso revelou ser homessexual.
Há até, de acordo com o jornal italiano Corriere de Mezzogiorno, gravações destas conversas. No conteúdo da denúncia, estão afirmações de que o padre contou que teve outras relações com figuras religiosas e também com membros da guarda suíça do Vaticano.
O arcebispo de Taranto, Filippo Santoro, disse que o acusado já foi afastado de suas funções, já que "a veracidade das afirmações" foi estabelecida. Ele ressaltou que todas as alegações são totalmente incompatíveis com o sacerdócio. Um porta-voz do Vaticano deu uma declaração ao Corriere, dizendo estar insatisfeito com o ocorrido.
— É desnecessário afirmar que os sentimentos do arcebispo e da cúria são de consternação e pesar.