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Acusados de estuprar e matar indiana saíram na noite do crime para caçar uma vítima, diz polícia

Relatório da polícia mostra que o grupo planejou estuprar e matar alguma jovem no dia do crime

Internacional|Do R7

Homem vende produtos em vagão destinado para mulheres em Mumbai, na Índia
Homem vende produtos em vagão destinado para mulheres em Mumbai, na Índia

A gangue acusada do estuprar e assassinar uma estudante de fisioterapia indiana tinha o objetivo de encontrar uma mulher para estuprar e matar, disse um relatório da polícia obtido pela agência de notícias Reuters. O grupo terminou a noite com sangue nas roupas.

Cinco homens, juntamente com um adolescente que alega ser menor de 18 anos, reuniram-se para jantar em uma casa em uma favela no sul de Nova Déli, na noite de 16 de dezembro, e formularam o plano para encontrar um alvo, de acordo com o dossiê entregue ao tribunal pela acusação.

Os acusados "decidiram antes do tempo" que iriam procurar uma mulher e "pretendiam matá-la", diz o relatório da polícia.

O arquivo, que conta com mais de 600 páginas, contém as provas da acusação sobre o caso, incluindo evidências periciais contra os homens, confissões, declarações de testemunhas e relatórios médicos.


No entanto, os advogados de defesa designados pelo tribunal na quinta-feira (10) disseram que o caso da acusação é marcado por falhas na investigação. A defesa ainda não apresentou sua resposta ao dossiê da acusação.

O tribunal que julga o caso tomou conhecimento do documento da polícia, chamado de folha de acusação, no sábado. Sob a lei indiana, assim que um tribunal toma conhecimento da folha de acusação, ela se torna um registro público.


A quadrilha embarcou em um ônibus que o suposto líder da gangue, Ram Singh, dirigia diariamente para transportar crianças para a escola, e saiu em busca de uma vítima.

Eles encontraram a estudante acompanhada por um amigo que estava procurando um transporte para casa depois de assistir ao filme As Aventuras de Pi em um shopping, de acordo com o relatório apresentado ao tribunal.


A polícia prendeu Singh no dia seguinte, depois de rastrear o ônibus usando imagens da câmera de segurança de um hotel. Ele ainda estava vestindo uma camiseta manchada com o sangue da vítima e, "em interrogatório sustentado", confessou e levou a polícia a seus cúmplices, apontou o relatório da polícia.

Os outros acusados são o irmão de Singh, Mukesh, além de Akshay Kumar Singh, conhecido como Thakur, Pawan Gupta e Vinay Sharma, sendo que todos devem alegar inocência quando o julgamento começar. Mukesh Singh afirma que ele foi torturado enquanto estava sob custódia policial, disse seu advogado na quinta-feira.

Um sexto membro da quadrilha, um adolescente, está sendo processado como juvenil, ainda não foi acusado oficialmente e será julgado separadamente. A polícia está conduzindo testes nos ossos para determinar sua idade, já que suspeita que ele possa ter mais de 18 anos.

Depois de ser pego pela polícia, Ram Singh entregou duas barras de ferro ensanguentadas do ônibus, que tinham sido utilizadas para bater na vítima e em seu amigo, e foram inseridas no corpo dela, causando danos maciços aos órgãos, afirmou o relatório.

Segundo o dossiê da polícia, os acusados apagaram as luzes e se revezaram dirigindo o ônibus, enquanto dois homens seguraram a mulher e o outro a estuprou. Ela sofreu mordidas em várias partes do seu corpo, mas também revidou e conseguiu morder seus agressores.

Depois de retirar parte do intestino da vítima e jogar ela e o companheiro para fora do veículo em movimento, eles tentaram passar com o ônibus por cima dela, mas seu companheiro puxou-a para longe, afirmou o relatório.

Ambos foram largados "gravemente feridos e sangrando" em um viaduto no sul de Déli e foram encontrados nus por um trabalhador da estrada que deu ao homem uma camisa e chamou a polícia.

A vítima, a quem a Reuters optou por não mencionar o nome porque a lei indiana geralmente proíbe, morreu em um hospital de Cingapura de infecção e "falência múltipla de órgãos" duas semanas após o crime.

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