Miriam Quiroga, que foi secretária de Néstor Kirchner quando ele era presidente da Argentina (2003-2007), admitiu nesta quarta-feira (26) que manteve uma "relação íntima durante anos" com o falecido líder político, por quem tinha "um profundo afeto e muita admiração".
A secretária, que fez estas declarações a uma rádio local, irá depor na próxima sexta-feira (28) por causa das investigações sobre a suposta movimentação de bolsas com grandes quantias de dinheiro que ocorria na Casa de Governo durante o mandato de Kirchner.
Essas bolsas estavam destinadas, segundo afirmou Miriam durante um programa de televisão, à Casa Presidencial de Olivos e à residência pessoal dos Kirchner, na província de Santa Cruz.
"Amei um homem que me mostrou que com sua paixão, sendo sonhador e rebelde, pretendia mudar a situação do país", declarou a antiga assistente à emissora.
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Miriam garantiu que conheceu dois lados diferentes de Kirchner: "um homem com um lado humano, que foi com quem me comprometi e trabalhei", e uma pessoa "com ambição de poder e necessidade de acumular dinheiro".
A secretária começou a trabalhar com Kirchner quando ele era governador de Santa Cruz, e, após ser eleito presidente em 2003, foi contratada para atuar no setor de Documentação na Casa Rosada, onde ficou até ser despedida, poucos meses depois da morte do ex-presidente, em outubro de 2010.
Em 2011, ela já havia feito declarações polêmicas a uma revista argentina sobre seu relacionamento com Néstor Kirchner, marido e antecessor de Cristina Kirchner, atual governante do país.
Além disso, Miriam é autora de Mis años con Néstor y todo lo que vi (Meus anos com Néstor e tudo o que vi, em tradução livre), um livro no qual conta sua experiência junto com o ex-presidente.
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