Arábia Saudita aceita estudar autorização para mulheres dirigirem
O país é conduzido por uma estrita interpretação da lei islâmica, que impõe a segregação de sexos em espaços públicos
Internacional|Do R7
O Conselho Consultivo da Arábia Saudita aceitou pela primeira vez em sua história um pedido para estudar se autoriza às mulheres a dirigir, informou nesta quarta-feira (20) o site do jornal saudita "Al Sharq".
O presidente da Comissão de Direitos Humanos desse órgão, Suleiman al Zaidi, explicou ao site que o pedido foi apresentado por um dos membros do Conselho Consultivo e esteve acompanhado por mais de 3.000 assinaturas de homens e mulheres.
Conheça os riscos que as mulheres enfrentam pelo mundo
Aos 70 anos, prostitutas mais velhas de Amsterdã se aposentam após transar com 355 mil homens
Saiba quem são as mulheres mais poderosas do mundo
A reivindicação será discutida nas próximas reuniões do Conselho Consultivo, que tem uma função meramente assessora e que desde fevereiro do ano passado conta com 30 mulheres entre seus 150 membros, um passo histórico no ultraconservador reino wahhabista.
Al Zaidi propôs a formação de um comitê assessor e executivo para elaborar os mecanismos religiosos, de segurança e sociais sobre a condução feminina para preparar a sociedade para aceitar essa ideia, envolvida em polêmica há anos.
Uma das novas integrantes do Conselho Consultivo, Labna al Ansari, destacou que a simples discussão desta causa e que se permita à mulher expressar sua opinião já é considerado um fato histórico para a mulher saudita. No entanto, uma de suas companheiras de tendência conservadora, Haja al Manie, expressou sua rejeição à ideia com o argumento que há assuntos mais importantes para as mulheres.
A Arábia Saudita é regida por uma estrita interpretação da lei islâmica, que impõe a segregação de sexos em espaços públicos. As mulheres não podem dirigir nem viajar para fora do país sem um homem da família ou tutor, entre outras restrições.
Dentro de uma série de tímidas reformas, o rei Abdallah bin Abdul Aziz Al-Saud ordenou nos últimos dois anos que se permita à mulher participar como candidata e como eleitora nas eleições municipais e sua entrada no Conselho Consultivo.
O que acontece no mundo passa por aqui
Moda, esportes, política, TV: as notícias mais quentes do dia