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Croácia realizará referendo contra casamento gay dia 1º de dezembro

Ministro qualificou iniciativa de católicos como "homofóbica", "anticristã" e "mal-intencionada"

Internacional|Do R7

O primeiro-ministro da Croácia, o social-democrata Zoran Milanovic, anunciou publicamente que votará "não" na consulta
O primeiro-ministro da Croácia, o social-democrata Zoran Milanovic, anunciou publicamente que votará "não" na consulta

Os croatas decidirão com um referendo, previsto para ser realizado no próximo dia 1º de dezembro, uma reforma constitucional para que o casamento fique definido como a união de um homem e uma mulher, o que fecharia as portas para união entre pessoas do mesmo sexo.

"Está o senhor a favor que na Constituição se introduza a definição do casamento como união entre homem e mulher?", essa é a pergunta da consulta, lançada a partir da iniciativa de uma associação católica que conseguiu reunir 740 mil assinaturas para solicitar essa mudança legal, que foi anunciada nesta sexta-feira (8).

As associações a favor dos direitos dos homossexuais, por outro lado, denunciaram que este tipo de referendo é discriminatório. Neste aspecto, o próprio primeiro-ministro da Croácia, o social-democrata Zoran Milanovic, qualificou a iniciativa dos grupos católicos como "homofóbica", "anticristã" e "mal-intencionada".

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Tanto Milanovic como o presidente do país, Ivo Josipovic, anunciaram publicamente que votarão "não" nesta consulta. De fato, o governo está estudando mudanças constitucionais para impedir que referendos sobre questões que afetam os direitos das minorias sejam aprovados no futuro.


O Executivo de centro-esquerda também preparou uma lei sobre casais homossexuais que lhes garantem todos os direitos dos casamentos, com exceção da adoção. Por sua parte, a oposição conservadora respalda a mudança constitucional para vetar o casamento gay.

Enquetes mostram que 54% dos cidadãos apoiam que a definição do casamento seja a da união entre um homem e uma mulher.


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