Em quatro anos, guerra na Síria matou 200 mil
Além das mortes, conflitos geraram três milhões de refugiados
Internacional|Ansa
Nesta quarta-feira (14), a Síria completa quatro anos em guerra civil. Neste período houve 200 mil mortes no conflito, que também transformou mais de três milhões de pessoas em refugiados. De um lado, os grupos leais ao presidente Bashar al Assad. Do outro, forças rebeldes, entre elas, os grupos terroristas Estado Islâmico (EI, ex-Isis) e a Al Qaeda.
Os números, segundo as organizações não governamentais, não param de aumentar e o quadro pode piorar.
Em meio ao enfraquecimento do governo de al Assad e o progresso do EI em terras sírias, estima-se que somente em 2014, 70 mil pessoas teriam morrido em combate. Entre as principais vítimas estão jovens e crianças.
O grupo terrorista, que também tomou parte do território do Iraque, capturou cidades e regiões estratégicas na Síria, com grandes reservas de petróleo. Apesar dos esforços da Coalizão Internacional, liderado pelos Estados Unidos, que passou a bombardear posições do EI, os jihadistas dominaram cidades importantes, como Raqqa e Kobane, entre outras.
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Considerada a capital do 'califado' do EI, Raqqa foi palco de ações bárbaras do grupo, como a decapitação dos jornalistas dos EUA, James Foley e Steven Sotloff, além do britânico David Haines.
Apesar das tentativas da diplomacia internacional em atenuar a situação no país, as soluções não se aproximam. Segundo o Fundo das Nações Unidas para as crianças (UNICEF), a guerra no país coloca em risco a vida de mais de 8,6 milhões de crianças.