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Grupo Macri nega irregularidades em contrato com governo

Presidente argentino foi formalmente acusado pela Justiça

Internacional|Da Ansa

Governo também teria pedido ajuda para empresa do pai de Macri
Governo também teria pedido ajuda para empresa do pai de Macri

O juiz federal Juan Pedro Zoni acusou formalmente o presidente da Argentina, Mauricio Macri, após receber denúncias sobre supostos crimes no acordo entre o Estado e o Correo Argentino, empresa postal que pertence à família do mandatário.

A empresa postal apresentou-se nesta quarta-feira (15) à Justiça do país e negou as acusações, culpado a procuradora Gabriela Boquín, de apresentar numerosas "exatidões" na denúncia que levaram a "conclusões errôneas" sobre o caso, informou o jornal "La Nación".

Segundo a mídia argentina, a denúncia também foi estendida para o ministro das Comunicações, Oscar Aguad, e para o diretor de Assuntos Jurídicos desse Ministério, Juan Manuel Mocoroa.

O juiz informou que a ação foi aberta com o objetivo de "uma investigação criminal para analisar a existência de condutas delitivas extremamente vinculadas ao processo em trâmite".


Nesta terça-feira (14), a revelação de que o governo pediu para que a Auditoria Geral intervisse no caso das dívidas da empresa postal do pai de Macri, causou mais indignação no país. Em todo caso, a Auditoria negou a intervenção ao governo.

O chefe de Gabinete, Marcos Peña, informou em coletiva de imprensa, chamada especificamente para falar sobre o escândalo, e ressaltou que "não há conflito de interesses" no caso entre o Governo e o Grupo Macri.


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Peña informou que trata-se de uma questão "técnico judicial" a decisão de perdoar 98,87% da dívida que a holding da família tinha com o governo por sua gestão da empresa Correo Argentino na década de 1990. O Ministério da Comunicação conseguiu fechar ainda um acordo para receber US$ 300 milhões em dívidas desde 2001.


Para Peña, há 12 anos o caso não era resolvido. "O Ministério das Comunicações trabalhou em um esquema de acordo para poder dar fim a esta discussão claramente prejudicial ao Estado ao não ser resolvida", acrescentou.

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