Líder supremo do Irã põe em dúvida Holocausto e critica falta de liberdade sobre questão
Colocar Holocausto em dúvida "é um dos maiores pecados" na Europa, diz aiatolá
Internacional|Do R7
Em seu tradicional discurso do primeiro dia do Ano Novo persa, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, colocou em dúvida a existência do Holocausto e criticou a "falta de liberdade" na Europa para debater a questão.
— Em países europeus ninguém tem coragem para falar do Holocausto. Sobre o Holocausto não se sabe se a origem deste assunto é verdade ou não. Se é verdade: como foi? Formar uma opinião do Holocausto, colocá-lo em dúvida é um dos maiores pecados [na Europa]. Isto é impedido. Prendem as pessoas. Prenderão qualquer um, perseguirão judicialmente. E asseguram serem os defensores da liberdade.
O líder supremo se dirigiu à nação na manhã desta sexta-feira (21) no templo de Imam Reza, em Mashhad, como se faz em todo dia primeiro do ano novo persa (Nouruz).
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O discurso foi transmitido ao vivo pelas emissoras locais.
Khamenei pediu que a nação ajude a melhorar a economia sem esperar que a comunidade internacional retire as sanções que bloqueiam o país há uma década e que foram reforçadas em 2010.
— Podemos fazer florescer a economia se focamos toda nossa vontade nisso. Não devemos esperar ajuda do inimigo nem esperar que se retirem as sanções ou se chegue a um acordo. Que vão para o inferno. Veremos o que podemos fazer nós mesmos.
Segundo ele, as sanções contra o Irã são ineficazes, como mostram os grandes progressos científicos nos campos nuclear, celular, na indústria de defesa e na nanotecnologia, obtidos apesar das instituições educativas estarem impedidas de realizar intercâmbio com o exterior.
— Deixemos que o inimigo se cegue de inveja porque fazemos progressos em aviões não tripulados e na indústria de mísseis.
O líder supremo pediu que os iranianos permaneçam fortes.
— A nação iraniana tem que se fortalecer, essa é minha palavra. Se uma nação não quer ser forte e permanece fraca, será dominada. Será pressionada. Se uma nação não quer ser forte os dominadores vão chantageá-la. Se puderem, a insultarão e a pisotearão.
Segundo ele, os iranianos "permanecem fiéis" ao sistema islâmico, à República Islâmica e à bandeira içada do islã".