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Ministro da Defesa da Colômbia alerta que se está produzindo mais cocaína

"Confiscamos 20% mais cocaína. Será que estamos produzindo mais? Sim, infelizmente"

Internacional|

O ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, afirmou que, pelas apreensões de droga registradas este ano, se sabe que aumentou a produção de cocaína no país, disseram nesta sexta-feira (15) à Agência Efe fontes oficiais.

Pinzón o disse em discurso pronunciado em Medellín nesta quinta-feira, mesmo dia que o Conselho Nacional de Entorpecentes (CNE) aprovou a suspensão do uso de glifosato para fumegar cultivos ilícitos, devido a que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o herbicida como um potencial cancerígeno.

"Eu vejo que estamos confiscando 20% mais cocaína, no começo estava agradecendo meus militares e meus policiais e não deixo de agradecê-los, mas ao mesmo tempo eu digo: não será que estamos produzindo mais? Sim, infelizmente", expôs Pinzón.

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Fontes do Ministério da Defesa especificaram à Agência Efe que não é a primeira vez que o titular desta pasta faz declarações deste tipo, especialmente relevantes agora que o debate sobre a erradicação de cultivos de coca foi retomado.

A decisão do CNE foi apoiada por cinco ministros, entre eles o de Defesa, que votaram a favor da suspensão seguindo a ordem do presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

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Das oito pessoas que formavam o quórum para decidir sobre este assunto só o procurador, Alejandro Ordóñez, se mostrou contrário a acabar com as pulverizações do herbicida.

Os defensores do uso do glifosato sustentam que em regiões onde as aspersões foram suspensas ou restritas, como o departamento de Putumayo, na fronteira sul com o Equador, e especialmente a região do Catatumbo, na fronteira com a Venezuela, as áreas cultivadas de coca se duplicaram nos últimos anos.

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O glifosato foi usado na Colômbia durante cerca de 30 anos para fumegar os cultivos ilícitos como parte de uma estratégia contra as drogas impulsionada pelos Estados Unidos, que esta semana manifestou que respeitaria a decisão da Colômbia.

Segundo o último relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), publicado em março passado, a oferta de cocaína procedente da América do Sul continua caindo, em linha com a tendência dos últimos anos, apesar de haver diferenças por países, já que o cultivo diminuiu em 2013 no Peru e na Bolívia, enquanto na Colômbia não sofreu mudanças.

Nos últimos sete anos a superfície total cultivada de planta de coca caiu em um terço nesses três países, mas essa tendência se estagnou em 2013 na Colômbia. Em 2013 a superfície dedicada ao cultivo de coca na Colômbia era de 48 mil hectares, as mesmas que no ano interior, enquanto em 2012 houve uma queda de 25% em relação a 2011. 

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