Nisman foi vítima de crime passional, diz senador argentino
Salvador Cabral diz ter provas de que fiscal da AMIA foi assassinado após traição sentimental
Internacional|Do R7
O senador argentino Salvador Cabral afirmou, nesta quarta-feira (25), que o promotor Alberto Nisman foi vítima de um crime passional homossexual e indicou o técnico de informática Diego Lagomarsino, que emprestou-lhe a arma com a que foi achado morto, como culpado.
— A minha hipótese é que foi um crime passional, no qual o marido é Lagormasino, que levou a arma para ele. Com certeza que ele descobriu que Nismam o traía com alguém e atirou na cabeça dele.
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Cabral mencionou que apresentará as provas para a promotora Viviane Fein, que investiga o caso, e a imprensa. Ele ainda acrescentou que seu testemunho será por escrito e, após 30 dias, o publicará em um jornal local.
— As minhas afirmações não vão mudar, vou provar isso para todos. Eu não tenho certeza que Lagomarsino foi o assassino, mas sei que existe uma arma. Vocês vão conhecer a história e vão se surpreender.
Laços estreitos
O técnico de informática, Diego Lagomarsino, negou em declarações à imprensa a existência de algum tipo de relação sentimental com Nismam. E afirmou que a presidente Cristina Kirchner mentiu durante sua mensagem em TV aberta.
— Eu não sei o que para Cristina significa uma relação íntima, mas eu acredito que, quando você conhece uma pessoa há muito tempo, ele não é um simples amigo, nem um chefe. A presidente diz que eu mantinha uma relação homossexual com Nisman e isso é falso.
Indignado, esta é a segunda vez que Lagomarsino fala para a imprensa desde a morte do fiscal da Amia. Ele detalhou que Nisman o contratou porque confiava plenamente nele, o qual não acontecia com outros técnicos da promotoria.
O técnico declarou que acredita que Nismam foi assassinado ou obrigado a realizar suicídio.
— Quando se questiona o que provocou a morte dele, lembro de Alberto falando das suas filhas. Ele as amava muito e não pensou nelas. E não pensou nos amigos. É possível? Então, aí percebo que ele foi assassinado. Toda esta história me deixa confuso, eu só tenho certeza que, no dia 18 de janeiro, Nismam morreu, e o Lagomarsino que eu era também.
Diego Lagomarsino não trabalhava para a promotoria, nem para o caso Amia. Ele era um funcionário contratado por Nisman, para ajudar ele. O seu salário era de 40 mil pesos (R$ 13 mil).
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