A onda de frio que castiga a Argentina desde quinta-feira (18) passada já deixou pelo menos dois mortos e causou cortes na provisão de gás para as indústrias, consequência do aumento recorde da demanda energética, informou nesta terça-feira (23) a imprensa local.
Como já tinha ocorrido em anos anteriores, o aumento da demanda de gás para o consumo doméstico obrigou o Governo a impor restrições e inclusive cortes totais às indústrias para garantir o abastecimento aos lares, segundo os meios de comunicação.
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Calcula-se que pelo menos 300 indústrias sofreram restrições importantes na provisão de gás que afetaram todos os setores: siderúrgico, petroquímico, automotivo, alimentício e mineiro, entre outros.
Pelo menos duas pessoas morreram desde segunda-feira (21) em consequência das baixas temperaturas, uma jovem incapacitada de 19 anos que perdeu a vida por conta de um hipotermia e um homem de 55 anos que faleceu nesta terça-feira na cidade de Catamarca, confirmou a polícia à Agência oficial Telám.
Os meios de comunicação argentinos falam de mais duas mortes na província de Mendoza. Um indigente que foi encontrado morto na rua e uma menina perdeu a vida em um incêndio em uma estufa. O Ministério do Planejamento da Argentina confirmou que o sistema de interconexão elétrica bateu ontem o recorde de demanda, quando foi registrado um pico de 22.533 megawatts, o maior número do consumo da história do país, segundo informou a agência Télam.
O Ministério assegurou que, apesar da intensidade da onda de frio, o sistema de interconexão elétrica opera com normalidade e conta com uma reserva adicional de pelo menos dois mil megawatts. A onda de frio, que se prolongará até quarta-feira (24), segundo as previsões do Serviço Meteorológico Nacional, fez cair bastante neve em várias regiões do país e, na capital, o termômetro ficou levemente acima dos zero graus.
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