Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Poroshenko, se reuniram nesta terça-feira (26), pela primeira vez sem a presença de mediadores, após a cúpula de Minsk, na qual os dois governantes propuseram diferentes caminhos para a paz no leste ucraniano.
Desde a explosão da sublevação militar das milícias pró-russas na Ucrânia, os líderes tinham se reunido em apenas uma ocasião: no início de junho durante os festejos pelo 70º aniversário do Desembarque da Normandia.
Hoje, antes do início da cúpula, se cumprimentaram com as mãos na presença da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e dos presidentes de Belarus e Cazaquistão.
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O Kremlin assegurou que a Rússia estava interessada em que durante a reunião bilateral se abordasse, entre outros assuntos, a crise humanitária na área de conflito. Durante seus discursos nas consultas multilaterais, Putin e Poroshenko discordaram na hora de propor uma regulação ao conflito ucraniano, que Kiev considera que foi instigado pelo Kremlin.
Putin assegurou que o conflito ucraniano não tem uma solução militar, em referência à atual ofensiva ucraniana contra as fortificações separatistas nas regiões de Donetsk e Lugansk, e pediu que Kiev dialogue com o leste pró-Rússia.
Por sua parte, Poroshenko pediu o apoio a seu plano de paz que exige que os rebeldes baixem as armas e convocou a comunidade internacional a garantir o controle sobre a fronteira russa, passagem de entrada de armamento e mercenários russos, segundo Kiev. "Nesta reunião em Minsk se decide o destino do mundo e da Europa. Eu vejo assim", afirmou Poroshenko.