Primeiro-ministro turco rejeita alegações do regime sírio e o vincula ao atentado
Para ministro das Relações Exteriores da Turquia, organização de orientação marxista estaria por trás do atentado
Internacional|Do R7
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou nesta segunda-feira (13) a versão de Damasco, que negou qualquer relação com o atentado que deixou 46 mortos no sábado (11) na cidade fronteiriça turca de Reyhanli, e voltou a vincular o incidente ao regime sírio.
— Esse regime está baseado em mentiras [...] O ataque está vinculado ao regime sírio. Eles têm vínculos com a Síria.
As forças de segurança turcas detiveram no domingo nove cidadãos turcos que, segundo Ancara, confessaram o envolvimento no ataque e que relacionam aos serviços secretos sírios.
Entre os detidos está o suposto cérebro do atentado contra a cidade de cerca de 60 mil habitantes situada no sul da província mediterrânea turca de Hatay. O ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, declarou durante uma visita oficial a Berlim ontem que, por trás do atentado, há uma "velha organização de orientação marxista" que tem vínculos com o governo de Assad.
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Davutoglu solicitou que o Conselho de Segurança tomasse uma atitude mais incisiva na Síria, enquanto Erdogan defendeu manter a "cabeça fria" para não cair no "sangrento lodaçal" da Síria, imersa em uma guerra civil que já aniquilou 80 mil vidas, segundo a ONU.
A Turquia, um dos países mais críticos a Damasco, já acolhe mais de 300 mil refugiados sírios, a maioria deles abrigada em acampamentos ao longo de seus 900 quilômetros de fronteira com a Síria.
O atentado aconteceu poucos dias antes da reunião que o presidente americano, Barack Obama, e Erdogan terão na próxima quinta-feira (16) na Casa Branca para tratar a situação da Síria.
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