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Defesa pede adiamento de julgamento de fazendeiro acusado de chacina em Felisburgo

Crime aconteceu há quase nove anos, e réu responde a processo em liberdade

Minas Gerais|Do R7 MG

Adriano Chafik responde ao processo
em liberdade
Adriano Chafik responde ao processo em liberdade

Após cerca de oito anos e meio de um crime que ficou conhecido como a "Chacina de Felisburgo", a Justiça pode adiar novamente o julgamento que vai definir o futuro de dois réus, entre eles o fazendeiro acusado de ser um dos mandantes do crime, Adriano Chafik Luedy.

A possibilidade foi aberta após um pedido de um dos advogados de defesa, Antônio Francisco Patente, que alegou a necessidade de representar os réus em uma audiência na comarca de Jequitinhonha — a cerca de 700 km de BH — onde 60 testemunhas serão ouvidas nesta terça-feira (14), apenas um dia antes da sessão marcada no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.

Segundo a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, o juiz responsável, Glauco Eduardo Soares Fernandes, determinou que o pedido fosse encaminhado para vistas do Ministério Público, que deve dar a resposta ainda nesta terça-feira (14), quando o magistrado também deverá publicar a decisão do adiamento e a nova data marcada para a sessão.

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Crime

Chafik é acusado pelo Ministério Público de comandar uma invasão ao acampamento "Terra Prometida" no dia 20 de novembro de 2004 em uma fazenda em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, quando, acompanhado por cerca de 15 homens fortemente armados, matou cinco integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), e deixou pelo menos 15 feridos, entre elas uma criança que, à época, tinha 12 anos.


O suspeito, que chegou a confessar o crime, responde ao processo em liberdade, bem como os outros réus na ação. Testemunhas chegaram a relatar que os integrantes do acampamento estariam sofrendo ameaças constantes.

Na tentativa de mobilizar a população e chamar a atenção para o julgamento, o MST promete reunir cerca de 2.000 pessoas na porta do Fórum Lafayette, nesta terça-feira (14). Uma marcha está prevista para partir da Praça Sete, no centro da cidade.

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