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Em depoimento ao MP, babás reforçam denúncia contra Pimentel

Ex-governador é acusado de usar estatal para pagar cuidadoras da filha, além de voar em aeronaves do estado para ir à praia

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Pimentel e esposa viajaram em jatinho oficial para praias
Pimentel e esposa viajaram em jatinho oficial para praias Pimentel e esposa viajaram em jatinho oficial para praias

Em depoimento ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), duas babás reforçaram a denúncia contra o ex-governador Fernando Pimentel (PT) afirmando que cuidavam da filha do político, mas que seus salários eram pagos pela estatal MGS (Minas Gerais Administração e Serviços).

O R7 revelou, nesta quinta-feira (21), que Pimentel virou alvo de uma ação de improbidade administrativa e ressarcimento aos cofres públicos sob a acusação de usar aeronaves oficiais do estado para ir à praia e a fazenda de aliado político, além de pagar babás com dinheiro público.

De acordo com uma das babás, a mulher de Pimentel lhe informou que seria contratada pela MGS, mas que prestaria serviços exclusivos como babá. A carteira de trabalho foi assinada em junho de 2017, com salário de R$ 2.577,36. A cuidadora disse que sempre trabalhou na residência oficial do ex-governador.

A cuidadora confirmou que costumava acompanhar a ex-primeira-dama de Minas em viagens da família a bordo de helicóptero ou avião do governo. Ela disse se lembrar dos deslocamentos nos fins de semana para uma fazenda do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia em Santo Antônio do Leite, Ouro Preto, realçando que o helicóptero ia e voltava no mesmo dia com a família, sendo raras as vezes em que todos pernoitavam no local.

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Também em depoimento ao MPMG, outra babá afirmou que, durante o período em que trabalhou na MGS, de 2016 a 2018, costumava acompanhar o governador e a esposa em viagens da família, geralmente para Brasília, onde residia a mãe da então primeira-dama.

Ela se recordou de uma viagem em aeronave do estado para Maceió, em Alagoas, afirmando que ficaram hospedados em uma casa de praia afastada da cidade. No local, eles se encontraram com os filhos do ex-governador e alguns amigos, e permaneceram na praia cerca de três ou quatro dias.

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Na ação de improbidade administrativa, o Ministério Público pediu à Justiça a indisponibilidade de bens de Pimentel no valor de R$ 210 mil, dos quais R$ 123.764,95 para cobrir gastos com os voos irregulares e R$ 84.606,48 relativos ao pagamento das babás.

Em aeronaves do estado, alegando cumprir agenda oficial, Pimentel e família foram para as praias de Mangaratiba, Maceió e Rio de Janeiro, além de terem ido 14 vezes à fazenda do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia.

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Outro lado

Em nota, o ex-governador alegou que "o uso de aeronaves pelo governo do Estado de Minas Gerais é regido pelo Decreto 44.028, de 19 de maio de 2005, que prevê explicitamente a utilização da aeronave oficial por parte do chefe do Executivo em deslocamentos de qualquer natureza. O referido Decreto foi regulamentado pela Resolução 03/2005, de 04 de julho de 2005, que deixa ainda mais clara essa autorização. Não houve qualquer ilegalidade e/ou irregularidade em nenhum dos deslocamentos no mandato do governador Fernando Pimentel. A ação, portanto, não procede e carece de fundamento legal, como será demonstrado oportunamente pela defesa do ex-governador".

Pimentel não comentou a denúncia de que teria utilizado servidoras públicas como babás de sua filha.

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