Empresário italiano é preso suspeito de matar mineira
Detido é dono da empresa onde a brasileira trabalhava
Minas Gerais|Do R7 MG
Um empresário italiano foi preso por suspeita de matar a mineira Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos. Claudio Grigoletto, de 32 anos, é dono da empresa onde a brasileira trabalhava e tinha um caso amoroso com ela. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pela Ansa Brasil (Agência Italiana de Notícias).
Segundo a agência, o detido é casado, tem duas filhas com outra mulher e, durante interrogatório, negou ter matado a mineira. Porém, conforme o procurador de Brescia, Fabio Salamone, o suspeito teria matado Marília porque seria o pai da criança que a jovem estava esperando.
— Ele quis eliminar o problema para salvar seu próprio casamento
Grigoletto chegou a criar uma conta fácil de e-mail para atribuir a outra pessoa uma suposta relação com a brasileira.
Salamone informou ainda que Marília foi "estrangulada, mas pode ter morrido por respirar gás".
— Não queremos condenar nem incriminar ninguém. Não há uma confissão, mas uma situação com vários indícios
A prisão do empresário foi pedida pelo Ministério Público e ele está sendo investigado por homicídio agravado, tentativa de ocultação de cadáver e de aborto.
Governo de Minas quer conclusão "rápida" das investigações que apuram morte de mineira na Itália
O crime
A vítima era natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O corpo de Marília foi achado dentro do escritório onde ela trabalhava, que fica na cidade de Gambara, na Província de Bréscia, no norte da Itália.
Peritos foram ao local e constataram que Marília apresentava cortes na nuca e vários machucados no rosto. Primeiramente, os policiais afirmaram que os ferimentos não eram compatíveis com uma queda acidental. Assim, a polícia italiana trabalhou com a hipótese de que a mineira podia ter sido assassinada. E, nesta segunda-feira (2), o crime foi confirmado, também segundo divulgação da Ansa Brasil.
A autópsia feita no corpo da mineira confirmou que ela foi vítima de homicídio, conforme fontes judiciárias citadas pela agência.
A empresa onde Marília trabalhava compra e vende ultraleves.
Notícia da morte
Mesmo sem apoio do Itamaraty ou do governo de Minas Gerais, a mãe da mineira tenta embarcar nesta terça-feira (3) para o país.
Natália Silva, de 52 anos, mora em Uberlândia e reclama da falta de apoio das autoridades depois que recebeu a notícia da morte da mineira, que estava grávida de cinco meses.
— Eles devem ter entrado em contato com o pai dela, porque comigo ninguém falou nada.
A gerente ficou sabendo que Marília foi encontrada morta por meio de um amigo italiano da filha, que morava no país havia 14 anos.
— Eu só sei o que aconteceu por causa dele e pelas notícias.