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Fevereiro com recorde de chuva eleva nível do Sistema Paraopeba após um ano em queda

Todos os reservatórios registraram alta, mas quadro crítico em Minas não muda

Minas Gerais|Márcia Costanti, do R7

Em fevereiro do ano passado, sistema registrava 77% da capacidade
Em fevereiro do ano passado, sistema registrava 77% da capacidade Em fevereiro do ano passado, sistema registrava 77% da capacidade

Depois de um ano em queda, o nível do Sistema Paraopeba, formado pelas represas que abastecem Belo Horizonte e região metropolitana, subiu pela primeira vez. Atualmente, ele trabalha com 34,5% da capacidade, aproximadamente a metade dos 77% que marcava em fevereiro de 2014, quando começou a enfrentar o longo período de declínio.

A explicação está nas chuvas fortes e constantes que surpreenderam os mineiros no último mês de fevereiro. O volume total superou em 40% a média histórica, alcançando 263,8 mm em 28 dias e batendo o recorde dos últimos 11 anos. O nível dos reservatórios de Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores subiu. Atualmente, eles trabalham com 47,3%, 12,3% e 35,8%, respectivamente.

Mesmo assim, a situação ainda é crítica, conforme ressalta o meteorologista do Centro de Climatologia PUC Minas Tempo Clima, Heriberto dos Anjos. Segundo ele, Minas Gerais enfrenta as consequências de dois períodos chuvosos com precipitações muito abaixo da média. Sendo assim, somente o acumulado de fevereiro não é suficiente para compensar o “déficit significativo” de água nos reservatórios.

— Nos meses em que mais ocorrem chuvas [dezembro e janeiro], não ocorreu. Tivemos uma estiagem prolongada muito forte em plena estação chuvosa. Foi um mês bom [fevereiro], amenizou, mas não mudou o cenário.

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Faltando pouco mais de um mês para o encerramento do período chuvoso no Estado, ele alerta que a tendência é que o quadro se agrave ainda mais, já que não há previsão de chuva suficiente para repor os níveis.

— Tem previsão de chuva, mas não vai mudar a situação. Como a próxima estação é seca, a tendência é piorar o cenário dos reservatórios.

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Sobretaxa

No início do mês, o Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) apresentou o documento que constata oficialmente a situação da escassez de água na região metropolitana de Belo Horizonte. O relatório foi mostrado durante mais uma reunião da força-tarefa criada para administrar a crise hídrica no Estado.

Isso possibilita que a Copasa (Companhia de Água e Saneamento de Minas Gerais) elabore uma proposta de racionamento ou sobretaxa para quem consumir acima de uma média estipulada pelo governo. A previsão inicial da presidente da empresa, Sinara Meirelles, era de que a região precisaria adotar as medidas a partir de maio.

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