Uma história de amor teve um fim trágico em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Após conhecer a namorada o topógrafo Alan Silva Bruzzi, de 32 anos, se envolveu no tráfico de drogas e foi morto por traficantes, depois de não conseguir pagar uma dívida.
Leia mais notícias no Portal R7
A passagem de Bruzzi pelo mundo do tráfico teve uma curta duração. Ele teria se envolvido com uma gangue, no carnaval de 2016, depois de se aproximar de uma jovem que, assim como ele, era usuária de drogas. O rapaz queria fazer parte do bando, para isso, ele deveria passar por uma prova de fidelidade à gangue. Segundo a delegada de homicídios da Polícia Civil, Gislaine Rios, o desafio proposto a ele seria matar um outro membro do grupo.
— A prova dele foi matar uma pessoa que também estava na gangue, mas por estar praticando diversos furtos na região, incomodava os patrões. Ele, de fato, matou essa pessoa.
De acordo com as investigações, parte de um carregamento de crack da gangue desapareceu após a entrada de Bruzzi no grupo e os companheiros desconfiaram dele. Na época, o novato fez uma viagem para Rio de Janeiro, alegando que realizaria uma trabalho como topógrafo no estado. Porém os membros da gangue estavam monitorando ele por redes sociais e começaram a duvidar dele ao ver diversas fotos do rapaz com a namorada, na praia.
Depois de Bruzzi voltou de viagem, o bando cobrou dele o pagamento de vendas que ele não havia quitado e também do carregamento desaparecido. Como ele não tinha dinheiro para saldar a dívida, líderes da gangue teriam mandado matá-lo, em novembro do ano passado.
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (23), Tiago Felipe Batista da Silva, de 23 anos, Lucas Nobra da Silva, de 24 anos, e Bruno Flávio Batista de Abreu, de 25 anos, como suspeitos de envolvimento no assassinato do topógrafo.
A polícia ainda busca um quarto suspeito de envolvimento no crime, mas os dois mandantes já foram identificados e tiveram a prisão temporária decretada. Amilton Rogério Silveira Costa, conhecido como VP, de 32 anos, e Netanias Serrão de Almeida, conhecido como Neto, de 41, ainda estão sendo procurados pela polícia.
Familiares da vítima e moradores do bairro Chácaras Del Rey, em Contagem, estão sendo ameaçados de pela gangue com pichações em muros, caso eles prestem depoimentos à polícia.
Veja mais: