Presa por suspeita de matar a filha recém-nascida dentro do hospital em Campanha, no sul de Minas, Simone Fernanda Pinheiro, de 26 anos, não consegue explicar como a menina foi jogada pela janela no saguão da Santa Casa. Ela entrou em contradição pelo menos três vezes ao conversar com a equipe da Record Minas enquanto aguardava na delegacia.
Simone afirma que não sabia que estava grávida. Ela procurou o hospital com dores nas costas, no dia 31 de dezembro, e teria dado à luz dentro do banheiro. Ela contou que a criança caiu no vaso e, assustada, percebeu que estava morta.
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Desesperada, jogou a menina prematura no cesto de lixo e fugiu do hospital. Porém, a garotinha foi encontrada com vida e morreu ao sofrer uma parada cardíaca enquanto era socorrida em uma encubadora.
— Comecei a passar mal, uma cólica muito forte. No que fui ao banheiro, ele desceu. Eu tava sentada no vaso, não chorou. Sangrou muito, o vaso estava sujo, eu dei descarga. Eu peguei, tava morta. Aí coloquei no lixo. Eu fiquei perdida, sem rumo.
Segundo as enfermeiras de plantão, no entanto, a menina que nasceu com sete meses, 40 cm e pesando apenas um quilo, teria sido jogada pela janela.
— Não sei [como foi parar no saguão]. Não joguei não, imagina! Nem lembro se eu tinha jogado.
Outra contradição é que o delegado José Ronaldo Kneipp afirma que Simone sabia que estava grávida.
— Havia outras lesões no corpo, mas a principal é o afundamento do crânio. A enfermeira que estava de plantão percebeu a demora no banheiro, desconfiou, chamou várias vezes. Quando ela saiu [a mãe], já abandonou o hospital.
Ela sabia, sim. Não entramos em detalhes, mas ela confirmou que sabia da gestação.
A suspeita foi presa e levada para o presídio em Três Corações.