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Pesquisa aponta que mais de 70% dos pais homens abandonam filho com deficiência intelectual

A Assembleia Legislativa realiza nesta terça-feira (21) uma audiência pública para discutir os direitos das pessoas com síndrome de Down

Minas Gerais|Asafe Alcântara e Bruno Menezes, da Record TV Minas; Arnon Gonçalves*, do R7

Pessoas com síndrome de Down buscam mais oportunidades no mercado de trabalho
Pessoas com síndrome de Down buscam mais oportunidades no mercado de trabalho Pessoas com síndrome de Down buscam mais oportunidades no mercado de trabalho

A Comissão de Defesa da Pessoa com Deficiência realiza nesta terça-feira (21), data em que se celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma audiência pública sobre o tema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. O objetivo do evento é conscientizar a população sobre a importância da igualdade e da inclusão desse público.

Segundo Leonardo Gontijo, fundador e presidente do Instituto Mano Down, a audiência é uma oportunidade para que se discuta a inclusão das pessoas com síndrome de Down nas escolas e no mercado de trabalho. “São um grupo de pessoas que querem trocar a palavra exclusão por oportunidade”, conta Leonardo. A audiência foi solicitada pelo deputado Grego da Fundação (PMN).

Iniciativas

O Instituto Mano Down surgiu em 2011, após a publicação do livro Mano Down — Relatos de um Irmão Apaixonado, escrito por Leonardo, no qual ele relata as vivências com seu irmão Eduardo, o Dudu do Cavaco, músico com a síndrome. O objetivo da instituição é dar visibilidade e criar oportunidades para que as pessoas com síndrome de Down sejam incluídas na sociedade e reconhecidas por suas capacidades.

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Leonardo conta que “quando o Dudu nasceu, a expectativa das pessoas com Down era de 25 anos; hoje já é de 60 anos”. No entanto, quando o assunto é inclusão, ainda há muito a ser feito. Segundo dados coletados pelo Instituto, 73% dos pais homens ainda abandonam o filho com deficiência intelectual, antes de ele completar 5 anos. "Então, a gente luta para mudar essa realidade. Por isso a gente fala que representatividade importa”, completa o empresário.

Mercado de trabalho

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Dados do Censo realizado pelo Instituto Mano Down em 2021 mostram que Belo Horizonte tem aproximadamente 26 mil pessoas com deficiência intelectual, 6 ,000 delas com síndrome de Down, e menos de cem geram renda. O tema será discutido durante a assembleia no intuito de viabilizar mais oportunidades para o grupo.

Além disso, instituições que lutam pela causa tentam uma alteração no Estatuto do Idoso, que, atualmente, classifica como idoso pessoas acima de 60 anos. O objetivo é que pessoas com síndrome de Down sejam reconhecidas como idosas a partir dos 40 anos, uma vez que elas têm envelhecimento precoce. Assim, poderia-se assegurar mais direitos e benefícios ao grupo.

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Celebração

O Dia Mundial e Nacional da Síndrome de Down é celebrado neste 21 de março. A data é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2012, mas passou a fazer parte do calendário nacional a partir de 2022, com a aprovação do PL 6576/2019, do ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ). 

Em cada célula do indivíduo existe um total de 46 cromossomos, divididos em 23 pares. A síndrome de Down é provocada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo (trissomia); por isso, o dia 21 de março foi escolhido para a celebração da data.

*Estagiário sob supervisão de Maria Luiza Reis

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