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Bolsonaro diz a ministros que manterá divergência com STF

Em reunião com a equipe de governo, presidente determina à área jurídica que encontre formas de contestar os inquéritos que considera “ilegais”, comandados por Alexandre de Moraes, do STF

Christina Lemos|Do R7

O presidente Bolsonaro: sem sinal de recuo no confronto com o STF
O presidente Bolsonaro: sem sinal de recuo no confronto com o STF O presidente Bolsonaro: sem sinal de recuo no confronto com o STF

O presidente Jair Bolsonaro deu mostras nesta quarta-feira (8), em reunião ministerial, que está disposto a cumprir a promessa, feita em discurso do Sete de Setembro, de não cumprir determinações vindas do ministro Alexandre de Moraes, titular de inquéritos no STF que apuram a propagação de fake-news e ameaças às instituições. No encontro, Bolsonaro deixou claro que quer medidas jurídicas para contestar a legalidade destes inquéritos, com o objetivo de expor o que considera “uso político no cargo de magistrado”. A ordem é dar combate às investigações comandadas por Moraes, visando seu arquivamento.

O blog apurou que o discurso do presidente preocupou parte dos ministros, apreensivos com a escalada da crise institucional, até o momento, sem sinal de recuo. No entanto, não houve contestação ao comando do presidente, nem espaço para a ponderação sobre os riscos do conflito direto entre Bolsonaro e STF.

"Não é questão de recuar ou não", disse uma fonte ouvida pela coluna. "Dentro da legalidade, o governo vai contestar descaminhos e ilegalidades desses inquéritos", completou. O governo nota que muitos juristas dizem que há absurdos cometidos no âmbito desses inquéritos, onde "o acusador é o juiz e o promotor".

Para este "diálogo" dentro das regras citado pela fonte, estão designados, pelo lado político, Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, e Bruno Bianco, ministro da AGU, atuando através de medidas jurídicas.

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A reunião de hoje teve também a manifestação de vários ministros no sentido de baixar a temperatura. Uma fonte revelou que há um incômodo dentro do governo com uma suposta "leitura dissociada do que de fato aconteceu" nesta terça. Para a fonte, Bolsonaro "não agrediu o STF. Ele se dirigiu a pessoas específicas e não à instituição. O presidente estava se referindo a atos praticados por pessoas isoladas".

No encontro desta manhã, o cenário econômico desfavorável neste momento, também foi debatido. A bolsa de valores de São Paulo registrou baixas acentuadas. As oscilações foram acompanhados discretamente por auxiliares do presidente que também estavam presentes ao encontro.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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